Prisão de Sócrates causou "grandes dificuldades" ao PS
A detenção do ex-primeiro-ministro tornou-se uma ?pedra no sapato? do Partido Socialista. Ferro Rodrigues fez o balanço dos 100 dias de António Costa como secretário-geral.
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Política Ferro Rodrigues
Em jeito de balanço dos cem dias de António Costa à frente do destino do PS, Ferro Rodrigues admitiu, em declarações ao Observador, que a prisão de José Sócrates foi uma situação inesperada que “causa evidentemente grandes dificuldades” ao partido.
“O PS tem uma situação bastante infeliz com o facto de o antigo primeiro-ministro estar em prisão preventiva”, lamentou o líder parlamentar do Partido Socialista, que vê com espanto o facto de as sondagens não darem, ainda, maioria absoluta aos socialistas.
“O PS e António Costa, por serem aqueles que aparecem à frente nas sondagens e com possibilidade de formar Governo, são mais criticados. Isso é óbvio que é o que vai acontecer daqui até às eleições, temos de achar isso uma coisa perfeitamente normal”, afirmou, certo de que o partido tem apresentado propostas, e que as suas ideias dificilmente passam através dos órgãos de comunicação social.
“Ao contrário do que é muitas vezes dito, têm sido apresentadas numerosas propostas tanto no terreno social como económico e político. Temos feito uma oposição frontal ao Governo. (…) Quando três comentadores das televisões em canal aberto são dois ex-líderes do PSD, estamos numa situação um pouco estranha do ponto de vista da comunicação”, atirou.
Comentando os acontecimentos que mais marcaram o PS nos últimos meses, Ferro Rodrigues salientou, além da detenção de Sócrates, o aparecimento de novos partidos e o rumo tomado pela Grécia.
Ainda que tenha havido uma aproximação ao Syriza, o socialista prefere salientar que o apoio do PS a Tsipras era maior inicialmente do que após as negociações com a Europa, devido às promessas que caíram por terra.
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