"Desde que comecei a trabalhar, não há mês em que não poupe"
Numa entrevista em que confessou que acreditou em Deus até à morte do irmão, em 1964, Rui Rio confessou que “hóquei em patins” foi aquilo para que teve “mais jeito na vida”, não descurando a matemática. Ao Diário Económico, o ex-presidente da Câmara do Porto contou que poupa todos os meses desde que começou a trabalhar e que não é o homem “arrogante, autoritário e frio” que o pintam.
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Política Rui Rio
Mimado pela mãe e pela avó, foi buscar a exigência e rigidez que o caracteriza a lado do pai e também ao colégio alemão que frequentou. Rui Rio assume-se, numa entrevista concedida ao Diário Económico, como um homem “absolutamente implacável” quando confrontado com abusos, mas nega ser “arrogante, autoritário e frio”.
O ritmo de vida que levava quando tomava as rédeas da Câmara do Porto não lhe permite levar uma vida relaxada. Em vez disso, ocupa-se “mesmo que não tenha ocupação”, tempos depois de uma mudança que “não é fácil”.
“Foram 12 anos a trabalhar, em média, 12 horas por dia. Há uma série de coisas da vida quotidiana de que eu não tratava. Tratavam-me. Não conduzia, não estacionava”, explicou ex-autarca, que ex-autarca, que tem bem presente na memória o dia em que abandonou a vida política: “23 de outubro de 2013”.
Mas desengane-se quem julga que este homem dos números de profissão respira matemática e seria incapaz de fugir às contas. Ainda que assuma que “desde o primeiro dia em que começou a trabalhar não há mês nenhum em que não poupe”, frisa o desporto lhe poderia ter proporcionado um futuro bem-sucedido.
“Eu fui desportista. Pratiquei atletismo durante alguns anos. E tenho muita pena de não ter praticado hóquei em patis federado. Suspeito que é a coisa para a qual eu devo ter mais jeito durante toda a minha vida. O meu pai não me deixou. Acho que foi pena”, confessou.
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