"Não foi o mercado que falhou mas sim o sistema político"
José Silva Peneda analisou a situação social do país, numa conferência no Centro de Estudo Judiciários, em Lisboa, e o presidente do Conselho Económico Social (CES) começou por dizer que “estar na política sem convicções não faz sentido” e que o sistema político falhou nos últimos anos.
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Política Silva Peneda
Neste momento está a caminho de Bruxelas onde, a partir de 19 de janeiro, irá fazer parte de uma equipa de consultores do novo presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, José Silva Peneda esteve a discursar numa conferência no Centro de Estudo Judiciário, onde afirmou que nos últimos anos o sistema político tem vindo a falhar.
Referindo-se aos três anos em que Portugal esteve nas mãos do programa Troika, Silva Peneda afirmou que “em todo este processo, é preciso perceber que não foi o mercado que falhou, o que falhou foi o sistema político que não foi capaz de prever, fiscalizar e disciplinar o funcionamento dos sistemas financeiras”.
Para o social-democrata “estivemos muito perto da crise perfeita – a crise perfeita é a que acontece quando os consumidores não consomem, os bancos não financiam, os investidores não investem e os trabalhadores não têm trabalho”.
Alarmante, Silva Peneda enunciou os vários pontos que são preocupantes para o país e garantiu que “falta um sistema de regulação mais eficaz “ e que “as políticas públicas deverão penalizar a especulação”.
“A economia dever ser permanentemente escrutinada, auditada e avaliada. Só assim se evitam surpresas, por exemplo, como aconteceu com o caso do Banco Espírito Santo”, revela.
“Há é um nível de poder que não tem sido capaz de desempenhar o seu papel: tem sido o poder político”, remata.
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