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Ministro-sombra do Chega vestiu-se de templário para receber internos

Horácio Costa, o ministro-sombra escolhido pelo Chega para assumir a pasta da Saúde, ganhou notoriedade, no final de 2023, ao surgir disfarçado de templário para receber internos do Serviço de Cirurgia Plástica Reconstrutiva da Unidade Local de Saúde Gaia e Espinho.

Ministro-sombra do Chega vestiu-se de templário para receber internos Vídeo

© Alexandra Azevedo/Facebook

Daniela Filipe
19/09/2025 23:07 ‧ há 2 semanas por Daniela Filipe

País

CHEGA

O médico Horácio Costa, fundador e antigo diretor do Serviço de Cirurgia Plástica Reconstrutiva da Unidade Local de Saúde Gaia e Espinho, foi o escolhido para tutelar a pasta da Saúde no governo-sombra do Chega. O profissional de saúde ganhou notoriedade, no final de 2023, por se ter vestido de templário para receber internos naquela unidade.

 

Nas imagens, divulgadas nas redes sociais, o clínico surgia vestido de templário e de espada em riste, aguardando a entrada de uma das médicas em formação.

Um dos vídeos retratava a ‘saudação’ de Merve Ierzi, oriunda da Turquia, que se colocou diante do profissional de saúde, de joelhos, e prometeu "honrar" aquele serviço. A ‘cerimónia’ terminou com Horácio Costa a tocar-lhe nos ombros com a espada, declarando-a oficialmente "interna do Serviço de Cirurgia Plástica Reconstrutiva do Hospital de Gaia".

Na altura, o diretor clínico do Hospital de São Francisco da Venerável Ordem Terceira de São Francisco do Porto explicou ao Polígrafo que se trava de uma "encenação" de boas-vindas aos novos médicos, "com todo o serviço", que se realizava "há 10 anos".

"O interno aparece, dá-se as boas-vindas, eu ordeno internos do serviço, ele saúda os especialistas e os outros internos, e é abraçado no final como irmão do serviço, para ter uma formação de alta qualidade e pugnar pelo Serviço Nacional de Saúde", disse.

O clínico esclareceu também disfarçar-se daquela forma por gostar "da área dos templários, do que eles significaram do início, no sentido da ajuda aos necessitados", ainda que tenha ressalvado que poderia "disfarçar-se de outra coisa qualquer, de Epopeia ou de Astérix".

Horácio Costa garantiu ao mesmo meio que a receção foi autorizada, mas a unidade negou. Disse, inclusive, não se rever "neste tipo de iniciativas", em declarações à Renascença.

Até agora, que nomes integram o governo-sombra do Chega?

Saliente-se que o presidente do Chega, André Ventura, anunciou, na noite de quinta-feira, os primeiros nomes do seu governo-sombra, em entrevista ao Now. Além de Horário Costa, na Saúde, integram este grupo a professora e autora Teresa Nogueira Pinto, que ficará responsável pela pasta da Cultura e Áreas Conexas, assim como o antigo bastonário da Ordem dos Médicos Veterinários, Jorge Cid, na área da Agricultura.

Fernando Silva, membro da Comissão Nacional de Eleições, assumirá a Administração Interna, enquanto o professor universitário Alexandre Franco de Sá ficará responsável pelas pastas da Educação, Ciência e Inovação, disse à Lusa fonte oficial do partido.

A estes nomes juntaram-se, esta sexta-feira, o eurodeputado Tiago Moreira de Sá, na tutela dos Negócios Estrangeiros, e o deputado Nuno Simões de Melo, na Defesa. Por seu turno, Miguel Corte-Real, candidato do partido à Câmara do Porto nas eleições autárquicas de 12 de outubro, trabalhará na área da reforma do Estado.

O antigo ministro Rui Gomes da Silva, por sua vez, assumirá a pasta da Justiça, e o professor Rui Teixeira Santos ficará com o dossiê da Economia e Finanças.

André Ventura sublinhou que muitos dos elementos escolhidos são independentes e não têm ligação ao partido, que realizará um evento, nos próximos dias, para apresentar todo o elenco.

"Queria mostrar ao país que é possível ter um Governo de pessoas com qualidade, que se disponibilizam a fazer este trabalho com independência e a aportar também esta ideia de que se pode ser ministro, competente e não ser uma pessoa ligada diretamente ao aparelho partidário", disse.

O líder do Chega vincou que os selecionados "vão ter intervenção, vão escrutinar as áreas que estão debaixo da sua alçada, e fazer propostas", por forma a que "as pessoas saibam que, quando chegar o momento eleitoral, não é só um candidato, não é só o André Ventura, e há candidatos, há nomes, há trabalho feito nas diversas pastas".

Leia Também: Teresa Nogueira Pinto e Jorge Cid no "governo-sombra" do Chega

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