"O objetivo desta candidatura é claríssimo: é resgatar Lisboa das mãos de políticos incompetentes, traidores. Traidores na medida em que entregam Lisboa, tiram os lisboetas de Lisboa para [a] entregar a pessoas de fora", disse Ossanda Líber.
Segundo a candidata, o partido pretende devolver a cidade aos lisboetas, "tirá-la das mãos de políticos que têm feito tudo o que é necessário para que as pessoas não tenham casa, para que as pessoas tenham má qualidade de vida, para que a cidade deixe de ser segura, obrigando-as a emigrar para outros lugares".
"Nós queremos que Lisboa seja dos lisboetas e todas aquelas pessoas que chegam a Lisboa respeitem precisamente esta condição", acrescentou.
Ossanda Líber assegurou que a Nova Direita compromete-se "a apresentar alternativas" aos lisboetas, "para que as pessoas percebam que não têm que estar necessariamente agarradas ainda a votar nestes partidos que ao longo dos anos só deterioraram a condição de Lisboa".
"Foi assim com o PS, com o Fernando Medina, e está a ser ainda pior com o Carlos Moedas. Há uma alternativa, a alternativa está aqui, somos nós, é a Nova Direita, e é exatamente isso que nós queremos transmitir", disse.
Ossandra Líber destacou que o partido fará uma campanha de proximidade, e apresentará o seu programa em 06 de setembro, na praça do Município.
No entanto, para já, referiu que, se fosse presidente, pegaria "naquele orçamento de 1.300 milhões de euros, que é um orçamento excelente", para tirar "tudo o que são despesas que não fazem sentido", para alocar as verbas "às verdadeiras necessidades".
"Nomeadamente à questão da higiene urbana, que é visível para todos, a cidade está de facto imunda, está suja, a cidade cheira mal. A cidade está insegura e é preciso também dar meios à polícia municipal para agir, mas também ter coragem para falar sobre esse tema, para debater a insegurança de forma aberta, sem mascarar números, com a população", defendeu.
A candidata considerou que a habitação "é definitivamente o problema maior" e defendeu ser necessário apostar na construção, começando por "desburocratizar a Câmara Municipal de Lisboa, fazer com que os promotores privados possam efetivamente, muito rapidamente, obter as licenças necessárias", e que a Câmara consiga "promover mais habitação social e dar condições para que as pessoas possam ter uma habitação a preços acessíveis".
"Caso os lisboetas nos deem a oportunidade, daqui a quatro anos a situação vai ser totalmente distinta, o que não vai acontecer naturalmente se Carlos Moedas continuar no poder, porque já vimos que não é um homem de ação, é um homem de medalhas e de recompensas, mas de facto não entregou aquilo que prometeu a Lisboa", concluiu.
No atual mandato (2021-2025), a Câmara Municipal de Lisboa é presidida pelo social-democrata Carlos Moedas, que governa sem maioria absoluta, eleito pela coligação "Novos Tempos" - PSD/CDS-PP/MPT/PPM/Aliança.
A coligação de direita tem sete eleitos, o mesmo número do que a lista "Mais Lisboa" (PS/Livre), enquanto a CDU (PCP/PEV) tem dois e o BE um.
Para as eleições autárquicas de 12 de outubro foram anunciadas as candidaturas à presidência da Câmara de Lisboa de Alexandra Leitão (PS/Livre/BE/PAN), Carlos Moedas (PSD/CDS-PP/IL), João Ferreira (CDU), Ossanda Líber (Nova Direita), Bruno Mascarenhas (Chega), José Almeida (Volt) e Adelaide Ferreira (ADN).
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