PSD condena de forma veemente expulsão da Lusa, RTP e RDP da Guiné-Bissau

O PSD condenou hoje, de forma veemente, a expulsão da agência Lusa, RTP e RDP da Guiné-Bissau, considerando que desempenham um papel fundamental de informação, nomeadamente junto das comunidades portuguesas e na promoção da lusofonia.

PSD

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Lusa
15/08/2025 23:26 ‧ há 2 horas por Lusa

Política

Guiné-Bissau

"O PSD condena ou repudia veemente esta decisão do Governo da República da Guiné-Bissau e vê isto com preocupação, sobretudo porque são órgãos de comunicação social que desempenham um papel fundamental de informação, de assegurar o próprio Estado de Direito, e também desempenham um papel fundamental junto das comunidades portuguesas e na promoção da cultura portuguesa", afirmou Ricardo Carvalho.

 

O secretário-geral adjunto do PSD reagia assim, em declarações à Lusa, à decisão do governo guineense de expulsar as delegações da Agência de Notícias de Portugal, da RTP e da RDP, que viram as suas emissões suspensas a partir de hoje, tendo os seus representantes que deixar o país até terça-feira, sem que fossem avançadas as razões para tal.

"Isto, de alguma forma, não coloca em causa as relações bilaterais entre os nossos países, a Guiné-Bissau é um país amigo e com um papel também importante na CPLP [Comunidade de Países de Língua Portuguesa], mas deixa-nos preocupados", salientou Ricardo Carvalho.

O também deputado social-democrata acrescentou que o PSD vê "com bons olhos a reação do Governo português, de chamar o embaixador da Guiné-Bissau em Lisboa, para tentar entender o que motivou esta decisão e de a tentar reverter".

"Neste momento, temos que entender o porquê. Vamos aguardar, agora repudiamos veemente esta decisão", insistiu o secretário-geral adjunto do partido liderado pelo primeiro-ministro Luís Montenegro, considerando que as relações entre os dois países "se pautam por uma grande proximidade".

Para Ricardo Carvalho, a posição do Governo da Guiné-Bissau é "desproporcional", mas para já é preciso aguardar pelas explicações do embaixador guineense, convocado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE).

O ministério liderado por Paulo Rangel, em comunicado, repudiou hoje a expulsão da agência Lusa, RTP e RDP da Guiné-Bissau, que classificou de "altamente censurável e injustificável", e face à "gravidade" da medida, "convocou imediatamente" o embaixador da Guiné-Bissau em Lisboa para dar "explicações e esclarecimentos", encontro que está agendado para sábado.

Na nota, o executivo português afirmou que, "ciente da importância do trabalho destes órgãos de comunicação social para as populações de ambos os países e para a comunidade lusófona em geral, tudo fará para reverter tal decisão".

O Governo, acrescentou, está a acompanhar "a situação com as administrações da Lusa, RTP e RDP".

Para o MNE, a decisão do governo guineense, "no quadro das relações bilaterais", é "altamente censurável e injustificável".

O MNE terminou o comunicado afirmando que as "relações de Portugal com a Guiné-Bissau são e serão reflexo da profunda amizade entre os dois povos, constituindo uma prioridade da política externa portuguesa", sublinhando que a "atuação do Governo é e será estritamente pautada pelo respeito pela soberania de ambos os Estados e pelo desígnio de melhorar a alta qualidade das relações recíprocas".

O secretário-geral adjunto do PSD reiterou a necessidade de reverter a decisão do Governo guineense, por ser "fundamental manter o funcionamento dos três órgãos de comunicação social na própria Guiné-Bissau".

Os três órgãos de informação, acrescentou, desempenham um papel importante "não só junto das comunidades portuguesas, mas também na promoção da língua portuguesa e a Guiné-Bissau é um país que faz parte da CPLP", pelo que Lusa, RTP e RDP assumem "um papel determinante de informar não só aquilo que se passa" no país lusófono, "mas também aquilo que se passa em Portugal na Guiné".

Após as explicações do embaixador guineense, "o PSD, a nível do parlamento, irá avaliar a situação e logo de seguida o grupo parlamentar decidirá o que fazer", adiantou.

Leia Também: Bissau diz-se aberta ao diálogo e promete explicar expulsão de Lusa e RTP

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