António José Segurou apresentou, no domingo, 15 de junho, a sua candidatura à Presidência da República, no Centro Cultural e de Congressos das Caldas da Rainha, perante centenas de apoiantes.
Durante os eu discurso o antigo secretário-geral do PS garantiu que a sua candidatura "não é partidária, nem nunca será", uma vez que acredita que "não há portugueses bons e portugueses maus, portugueses de primeira ou de segunda". É uma "candidatura das mulheres e dos homens progressistas", que pretendem um país "onde o futuro não emigra" e onde "a política não se encontra separada da ética".
Como "pontos cardeais" da sua candidatura, Seguro nomeou então a "liberdade, igualdade, solidariedade, respeito pelo outro e seriedade", valores que considera "inegociáveis", para "fazer de Portugal um país justo e de excelência".
Além da "palavra de carinho eterno" a quem ajudou a formar-se "como homem e como cidadão", o socialista dirigiu-se também às pessoas que "estão fartas de promessas vazias, jogos partidários e discursos que nada resolvem", garantindo que a sua candidatura está "livre" e "sem amarras".
Para Seguro, Portugal "precisa de um Presidente que inspire confiança e estabilidade", que seja "referência moral e não ruído mediático”, “árbitro respeitado, não jogador", facilitador de consensos, não gerador de clivagens", "sereno, não distante ou autoritário", numa clara comparação com o atual Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e com os restantes candidatos que disputam a ‘corrida’ a Belém.
Entre as causas que pretende abraçar, se for eleito, Seguro destacou a criação de riqueza, através da promoção de "entendimentos necessários para uma economia mais produtiva e sustentável, ligada ao trabalho digno", afastando a "cultura da tribo e das trincheiras".
Seguro 'tocou' ainda na revisão constitucional que não considera ser uma "prioridade". Na sua opinião, deve sim haver um "projeto nacional mobilizador".
Caso venha a ser eleito, o socialista promete que "não existirão perguntas que fiquem por fazer", comprometendo-se com a Justiça Social e com os Direitos Humanos, assim como com a defesa da democracia e do Estado de Direito, a abertura ao diálogo e à concertação política, a valorização da cultura, da ciência e da duração como instrumentos do progresso.
Seguro realçou ainda a importância do compromisso com a solidariedade internacional e com os direitos dos povos.
Já sobre o seu percurso enquanto político, o socialista lembrou que, em 2007, liderou a reforma que se concretizou na realização de debates quinzenais com o primeiro-ministro e que, em 2009, "sozinho" se levantou para "votar contra a Lei do Financiamento dos Partidos Políticos". Sem esquecer, o dia em que perdeu a liderança do PS para António Costa. "Afastei-me quando podia dividir, volto agora para unir", concluiu.
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