Ferro avisou "dirigentes muito importantes do PS que o Chega ia subir"

Eduardo Ferro Rodrigues culpa PS e PSD por terem deixado Chega passar "totalmente impune por esta campanha".

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© Flickr/ Grupo Parlamentar do Partido Social Democrata

Notícias ao Minuto
21/05/2025 14:59 ‧ há 8 horas por Notícias ao Minuto

Política

Legislativas

O antigo presidente da Assembleia da República Eduardo Ferro Rodrigues revelou que avisou "dirigentes muito importantes do PS que o Chega ia subir" nestas eleições legislativas depois de tanto PS como PSD se terem tratado como "inimigos principais" sem falar do Chega "ao mesmo nível".

 

"O Chega, que atacou fortemente o PS e PSD, passou totalmente impune por esta campanha. Os partidos pensaram que o que se tinha passado com o grupo parlamentar do Chega era suficiente para elucidar os portugueses da natureza daquele grupo e da necessidade de redução ao mínimo. Tiveram muita responsabilidade no cartório. Tive ocasião de dizer isso a dirigentes muito importantes do PS que o Chega ia subir. Tive essa convicção na véspera das eleições e que o PS tinha uma grande responsabilidade nisso", revelou Ferro Rodrigues, em entrevista no programa As Três da Manhã, da Rádio Renascença.

O socialista confessa ter tido um "realismo pessimista" sobre o que se passa no país, que considera ser "efetivamente grave".

"Não vejo, de ânimo ligeiro, os resultados, mas não penso que seja qualquer coisa que não se possa mudar", acrescentou o antigo presidente da Assembleia da República.

A AD (PSD/CDS-PP), liderada pelo atual primeiro-ministro, Luís Montenegro, venceu as eleições legislativas antecipadas de domingo, com mais de 32% dos votos, sem maioria absoluta. Em coligação, os dois partidos elegeram 89 deputados, dos quais 87 são do PSD e dois do CDS-PP - mais de um terço dos 230 lugares do Parlamento, mas longe da maioria absoluta. 

Quando falta contabilizar os votos dos círculos da emigração e atribuir os respetivos quatro mandatos, o PS é o segundo mais votado, com 23,38% dos votos, e 58 deputados, os mesmos que o Chega, que tem menor votação, 22,56%.

De acordo com os resultados provisórios divulgados pela Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna, segue-se a IL, em quarto lugar, com 5,53% dos votos e nove deputados, e depois o Livre, com 4,2% e seis eleitos.

A CDU (PCP/PEV) obteve 3,03% dos votos e elegeu três deputados, todos do PCP. O BE, com 2%, e o PAN, com 1,36%, elegeram um deputado cada um, assim como o JPP, da Madeira, que teve 0,34% dos votos em termos nacionais.

Leia Também: Ferro evoca "pessoa extraordinária" e "muito à frente do seu tempo"

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