O eurodeputado do PSD Sebastião Bugalho garantiu que a AD não está disponível para formar uma "geringonça" com o Chega, liderando o Governo apenas com a "coligação ganhadora".
"Os eleitores desejam estabilidade, mas liderada e encabeçada pela coligação ganhadora, que é a Aliança Democrática e é justamente isso que vão ter. Não vai haver, posso adiantar desde já, qualquer tipo de acordo, nem de coligação, nem de acordo parlamentar, à semelhança da geringonça em 2015", afirmou Sebastião Bugalho, em declarações à SIC Notícias, em Bruxelas.
Ainda assim, o social-democrata promete um Governo "aberto ao diálogo com todos" e o Chega não será exceção.
"A AD apresentará o seu programa de Governo e para cumprir os objetivos e políticas públicas desse programa dialogará com todos os partidos com representação parlamentar. Uma coisa é estar aberta ao diálogo com todos, outra coisa é fazer acordos e negociações", acrescentou o eurodeputado do PSD.
A AD (PSD/CDS-PP), liderada pelo atual primeiro-ministro, Luís Montenegro, venceu as eleições legislativas antecipadas de domingo, com mais de 32% dos votos, sem maioria absoluta. Em coligação, os dois partidos elegeram 89 deputados, dos quais 87 são do PSD e dois do CDS-PP - mais de um terço dos 230 lugares do parlamento, mas longe da maioria absoluta.
Quando estão por contabilizar os votos dos círculos da emigração e atribuir os respetivos quatro mandatos, o PS é o segundo mais votado, com 23,38% dos votos, e 58 deputados, os mesmos que o Chega, que tem menor votação, 22,56%.
De acordo com os resultados provisórios divulgados pela Secretaria-geral do Ministério da Administração Interna, segue-se a IL, em quarto lugar, com 5,53% dos votos e nove deputados, e depois o Livre, com 4,2% e seis eleitos.
A CDU (PCP/PEV) obteve 3,03% dos votos e elegeu três deputados, todos do PCP. O BE, com 2%, o PAN, com 1,36%, e o JPP, da Madeira, com 0,34% dos votos em termos nacionais, tiveram um mandato cada um.
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