O ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, afirmou, esta terça-feira, em Bruxelas, que é "livre como uma ave" e que se sentirá "feliz como ministro" ou "sem ser ministro" no novo Governo, realçando que isso não depende do próprio.
"Estarei feliz com qualquer desenlace", sublinhou.
Já questionado sobre se é possível haver um diálogo com o partido Chega, Paulo Rangel frisou que "os resultados eleitorais são o que são" e têm "de respeitar a vontade dos eleitores".
"Acho que conhecendo a posição que a AD já tomou há muito tempo, quanto à feitura ou não feitura de coligações com outros partidos, penso que essa resposta é muito clara sobre a forma como nós entendemos que é possível ou não colaborar", notou.
E acrescentou: "Isto não significa que, dossiê a dossiê, como aconteceu no último ano, aliás, vi imensos casos de convergência até entre a extrema-esquerda e o partido Chega, curiosamente. Há votações em que só esses partidos votos a favor. Também vi com o Partido Socialista. E, portanto, isso é evidente que pode haver muitas situações em que há uma convergência quanto a medidas concretas, isso não tem nada a ver com o estabelecimento de coligações".
O ministro sublinhou ainda que o Governo está aberto ao diálogo, como "aconteceu na legislatura anterior", onde houve "abertura para falar com todos".
Leia Também: "Ninguém compreenderia se a oposição não viabilizar o Governo"