"Portugueses não esqueceram pântano criado por Guterres"
Em entrevista ao Sol, o vice presidente do PSD, José Matos Correia, lembra que nas eleições presidenciais são os candidatos que têm de chegar-se à frente e embora se recuse a comentar políticos 'elegíveis' afirma que Guterres tem legitimidade para se candidatar ao cargo, embora acredite ?que os portugueses não esqueceram o pântano? que criou.
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Política Matos Correia
Em análise ao fim da legislatura do Executivo de Passos Coelho e à crise de liderança vivida no PS, José Matos Correia, vice-presidente do PSD, rejeita fazer antevisões sobre futuros líderes do partido laranja.
O vice-presidente do PSD afirma que Rui Rio “não é candidato a coisa” alguma e que o único motivo que leva António Costa a afirmar que que este será o seu adversário é apenas o de os “políticos terem o hábito de tentar arranjar frases para fazer cabeçalhos de jornais”.
Relativamente à preparação para as eleições presidenciais de 2015, José Matos Correia, afirma ao Sol, que as “candidatura presidenciais são pessoais, não são partidárias” e que “uma coisa é dizer que se tem vontade e outra coisa é chegar-se à conclusão de que se tem ou não condições”. Posto isto, nega que o partido já tenha elegido o seu candidato.
Quanto à possibilidade de António Guterres poder assumir uma candidatura a Belém pelo PS, Matos Correia defende que este “tem toda a legitimidade para ser candidato”, mas salienta que “os portugueses não esqueceram ainda que foi o pântano criado pelo engenheiro Guterres que esteve na origem dos problemas que o país hoje vive e que foi o pântano que o levou a sair num momento de dificuldade”.
Ainda em relação ao último ano da legislatura de Passos Coelho, diz esperar que as pessoas compreendam que “aquilo que o Governo tem vindo a fazer é aquilo de que o país carecia”, acrescentando que só no início do ano que vem será a altura certa para iniciar o processo de negociações sobre a coligação PSD/CDS.
Até porque “qualquer tentativa de negociar à pressa uma coligação, tendo em conta as primárias do PS, podia ser vista como uma ligação direta com o que se passa no PS”, lembrando, também, que não há necessidade de proceder a essa negociação tão cedo porque o "Governo está a funcionar com normalidade".
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