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BE/Madeira critica falta de respostas do PSD. "Nunca esteve tão aflito"

A candidatura do BE às eleições antecipadas da Madeira deslocou-se hoje ao hospital do Funchal para falar num Serviço Regional de Saúde "onde falta quase tudo" e defender que não há estabilidade na região com o PSD no poder.

BE/Madeira critica falta de respostas do PSD. "Nunca esteve tão aflito"
Notícias ao Minuto

12:14 - 21/05/24 por Lusa

Política Eleições/Madeira

Em declarações aos jornalistas, no âmbito de uma ação de campanha eleitoral para as regionais de domingo, o cabeça de lista do BE começou por referir que, "nas últimas horas, circula um manifesto lançado pelo PSD, onde figuras gradas do PSD" apelam ao voto no partido "para garantir a estabilidade na Madeira".

"Uma situação nunca vista, o PSD nunca esteve tão aflito e nunca fez realmente isto. Mas que estabilidade querem manter na Madeira? A estabilidade do que se passa aqui no Serviço Regional de Saúde?", questionou Roberto Almada, considerando que "não há estabilidade nenhuma continuando o PSD a mandar na região autónoma".

O bloquista defendeu que "falta quase tudo" no Serviço Regional de Saúde, que "não cuida dos direitos dos seus trabalhadores" nem garante que há profissionais suficientes para responder às necessidades dos doentes.

Roberto Almada elencou a falta de medicamentos para doentes oncológicos e para tratar outras patologias, as mais de 100.000 pessoas em lista de espera para cirurgias e consultas e a falta de respostas em áreas como a saúde mental e a toxicodependência.

No entender do bloquista, eleito deputado único nas regionais de setembro do ano passado, é preciso "garantir tempos máximos de resposta para as cirurgias e para as consultas", criar uma área psiquiátrica no novo hospital do Funchal e transformar o atual "numa unidade social, onde se garanta o internamento das pessoas que têm alta clínica e não têm condições para voltar à sua habitação".

"O que nós precisamos é de um Serviço Regional de Saúde e de um hospital que, neste caso transformado em serviço social, garanta a essas pessoas que têm uma instituição onde podem ficar, onde podem viver, acabar os seus dias com alguma dignidade", sublinhou.

Para responder ao problema da toxicodependência, defendeu ser necessário garantir a abertura de uma comunidade terapêutica para tratamento e reinserção social dos doentes.

Roberto Almada concluiu dizendo que estes são alguns "dos muitos problemas" do Serviço Regional de Saúde sobre os quais um novo executivo tem de ter "atenção redobrada" e insistiu que é preciso reforçar o BE no parlamento para obrigar "a uma solução de governo diferente da atual".

"O que é preciso é, não só virar a página, mas mudar de livro. Porque o livro e a cartilha que o PSD tem tido ao longo dos últimos quase 50 anos já está esgotada e também nós recusamos que outras forças políticas venham implementar a mesma cartilha", afirmou.

"Vamos ver se todas as forças à esquerda e não apenas uma têm essa vontade de garantir e de construir um programa alternativo para a governação da Madeira", acrescentou.

As legislativas de domingo na Madeira decorrem com 14 candidaturas a disputar os 47 lugares no parlamento regional, num círculo eleitoral único: ADN, BE, PS, Livre, IL, RIR, CDU (PCP/PEV), Chega, CDS-PP, MPT, PSD, PAN, PTP e JPP.

As eleições antecipadas ocorrem oito meses após as mais recentes legislativas regionais, depois de o Presidente da República ter dissolvido o parlamento madeirense, na sequência da crise política desencadeada em janeiro, quando o líder do Governo Regional (PSD/CDS-PP), Miguel Albuquerque, foi constituído arguido num processo em que são investigadas suspeitas de corrupção.

Em setembro de 2023, a coligação PSD/CDS venceu sem maioria absoluta e elegeu 23 deputados. O PS conseguiu 11, o JPP cinco o Chega quatro, enquanto a CDU, a IL, o PAN (que assinou um acordo de incidência parlamentar com os sociais-democratas) e o BE obtiveram um mandato cada.

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