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"Está tudo a fugir da batata quente que Marcelo nos pôs nas mãos"

Miguel Sousa Tavares entende que o povo quer que o país seja "governado ao centro". 

"Está tudo a fugir da batata quente que Marcelo nos pôs nas mãos"
Notícias ao Minuto

23:59 - 14/03/24 por Notícias ao Minuto

Política Miguel Sousa Tavares

Miguel Sousa Tavares afirmou, esta quinta-feira, que todos os partidos estão "a fugir da batata quente" que o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, lhe pôs "nas mãos", estando o país "verdadeiramente ingovernável". 

No seu espaço de comentário da TVI, Miguel Sousa Tavares começou por frisar que, quatro dias depois, "não sabemos quem ganhou as eleições" legislativas e que se está a assistir "a coisas extraordinárias". 

"Pedro Nuno Santos está mortinho para ser oposição, mesmo que ganhe as eleições. A Iniciativa Liberal já não quer ir para o Governo. O Chega também já não faz questão de estar no Governo", disse.

"Está tudo a fugir da batata quente que Marcelo Rebelo de Sousa nos pôs nas mãos. Estamos numa situação que eu não me lembro de ter visto. O país está verdadeiramente ingovernável, ninguém quer pegar nisto", lamentou.

"Aparentemente", o líder do PSD, Luís Montenegro, quer governar, mas tem, na ótica do comentador, um "dilema pela frente".

Aparentemente Montenegro quer governar. Agora, também já não se importa de governar com o Orçamento do PS", disse.

"Ou ele aplica o seu programa político, nomeadamente as suas medidas económicas como a baixa de impostos, que era o principal do seu programa eleitoral, e mandam-nos abaixo logo no primeiro Orçamento ou ele não aplica o seu programa para não ser mandado abaixo e então não faz sentido governar. Este é um dilema que ele tem pela frente", acrescentou.

Miguel Sousa Tavares entende que o povo quer que o país seja "governado ao centro". 

"65% dos portugueses não querem extremos, querem um Governo do meio", que "se concentre para resolver os problemas", disse.

Questionado sobre se o PS está disponível para aceitar uma solução destas, Sousa Tavares constatou que "não", mas que é essa a "vontade" do povo.

"Obviamente não está, mas quando falamos na vontade do povo, eu pergunto: o que manda mais, a vontade do povo ou a vontade de Pedro Nuno Santos?", questionou.

Para o comentador, a solução pode não ser um "governo do bloco central", mas um "governo em que haja o mínimo de acordos para que o país seja governado ao centro".

Confrontado com o argumento de que, assim, a oposição fica para o Chega, atirou: "E qual é o mal? Se for bem governado não há mal nenhum". 

Os resultados provisórios das eleições legislativas de domingo divulgados pelo Ministério da Administração Interna, quando faltam contar apenas os votos dos círculos da Europa e Fora da Europa (quatro mandatos no total), mostram que a Aliança Democrática conquistou 29,49% dos votos e 79 lugares no Parlamento - três dos quais foram eleitos pela coligação Madeira Primeiro, que não contém o PPM.

Logo a seguir está o PS, que obteve 28,66% dos votos, assegurando 77 mandatos.

Em terceiro lugar ficou o Chega, com 18,06% dos votos e 48 mandatos, quadruplicando o tamanho do grupo parlamentar que tinha formado em 2022. A quarta força política é a Iniciativa Liberal (IL), com 5,08% e oito mandatos, seguida pelo BE, com 4,46% e cinco deputados.

A CDU viu o seu grupo parlamentar encolher para quatro deputados, com 3,30%, ao passo que o Livre deixou de ser um partido com um só representante, conquistando quatro mandatos com 3,26% dos votos.

O PAN manteve o lugar conquistado em 2022, com 1,93% dos votos.

Leia Também: Sem resultados, IL quer avaliar "caso a caso", mas "não exclui" cenários

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