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Raimundo nega "linhas vermelhas", mas não passa "cheques em branco"

O secretário-geral do PCP recusou hoje que haja linhas vermelhas num eventual acordo pós-eleitoral, mas avisou que rejeitará "cheques em branco" e que as convergências serão em função do conteúdo das soluções.

Raimundo nega "linhas vermelhas", mas não passa "cheques em branco"
Notícias ao Minuto

12:46 - 07/03/24 por Lusa

Política Acordo

Em declarações aos jornalistas durante uma arruada no Barreiro, onde contou com o apoio de cerca de 200 pessoas, Paulo Raimundo reafirmou a disponibilidade da Coligação Democrática Unitária (CDU, que junta PCP e PEV) para entendimentos, assegurando que "não há nenhuma intransigência" e que "não há nenhumas linhas vermelhas".

"Somos os mais disponíveis para encontrar soluções para resolver os problemas das pessoas. Agora, não passamos cheques em branco. Connosco, não peçam cheques em branco. Não peçam uma ideia geral da forma desligando do conteúdo. Não, isso connosco não dá. Agora, para aumentar salários e reformas, para encontrar soluções para pôr a banca a pagar o aumento das taxas de juro, para pôr uma norma-travão às rendas, para fixar os preços da alimentação, para isso tudo cá está a CDU", disse.

O líder comunista salientou a abertura para "propor e para convergir com propostas que venham de outros" e descartou que esteja a criticar o PS de forma gratuita nos últimos dias, apontando apenas o dedo às opções políticas socialistas.

"Nós não falamos mal do PS por falar. Nós criticamos as opções políticas do PS que ficaram bem expressas nestes últimos dois anos de maioria absoluta. E é isso que nós contestamos. Queremos e precisamos que mais gente convirja com o PCP para resolver os problemas das pessoas, venham elas de onde vierem. E haverá muitos que, por esta ou aquela razão, esta ou aquela chantagem, há dois anos acompanharam o PS na votação e que vão voltar à CDU porque já perceberam que é aqui que estão as soluções", continuou.

Questionado sobre os contactos que tem tido com o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, ou a coordenadora do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, o líder da CDU admitiu que não voltou a falar com os seus homólogos desde o dia 26 de fevereiro, ainda a campanha estava no arranque.

"A última vez que falámos foi no debate que tivemos nas rádios, não tivemos mais nenhuma oportunidade de falar. Julgo eu que estamos todos muito ocupados para qualquer tipo de conversas", frisou.

Sublinhando novamente a sensação de crescimento da CDU "a cada dia da campanha que passa", Paulo Raimundo garantiu que os eleitores já perceberam as razões para os comunistas se terem afastado do PS em 2021, chumbando o Orçamento do Estado, e que não haverá uma penalização nas urnas por essa situação.

"Voltaria a chumbar aquele orçamento com as consequências que estão à vista", observou, reforçando: "Não é uma evidência que o grande erro não foi termos votado contra o Orçamento do Estado? Que o grande erro foram as opções de fundo do PS? É isso que é preciso alterar, mas isso só se altera com mais votos da CDU, porque é isso que vai obrigar o PS a vir às soluções necessárias".

Já no discurso no final da arruada, o secretário-geral do PCP realçou que os militantes comunistas não podem partir do princípio de que todas as pessoas conhecem as suas propostas para o país e lançou um apelo. "Que continuemos esta ação de formiguinha", finalizou.

[Notícia atualizada às 15h43]

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