Meteorologia

  • 03 MAIO 2024
Tempo
16º
MIN 10º MÁX 19º

PSD promete negociar com polícias: "Ato imediato à posse do Governo"

O líder do PSD disse que teve uma reunião "muito produtiva" e "muito participada" com representantes das forças de segurança, que têm protagonizado protestos na última semana.

PSD promete negociar com polícias: "Ato imediato à posse do Governo"
Notícias ao Minuto

18:17 - 01/02/24 por José Miguel Pires com Lusa

Política Polícias

O presidente do Partido Social-Democrata (PSD), Luís Montenegro, avançou, esta quinta-feira, que irá "iniciar, ato imediato à posse do Governo" que espera liderar, "um processo negocial com as forças representativas dos polícias e dos guardas da Guarda Nacional Republicana (GNR), com vista a poder aferir qual é a possibilidade que teremos de quantificar a reparação da desigualdade que foi criada".

Referia-se à reivindicação das forças de segurança, que reclamam um subsídio de missão equiparado ao já atribuído à Polícia Judiciária, "justa e prioritária".

Montenegro esteve numa reunião "muito produtiva, muito participada e feita com espírito de diálogo", onde estiveram presentes representantes do setor das forças de segurança, que têm estado em protesto na última semana.

"O meu compromisso não é hoje concreto, do ponto de vista quantitativo, porque me parece que em vésperas de eleições este não é o modelo de negociação. As próprias contas não estão evidenciadas", alertou, no entanto, em declarações aos jornalistas, citado pela RTP.

Afirmou, sim, que "esse compromisso está, portanto, assumido. "Não está quantificado nem pode estar enquanto não tivermos rigor absoluto no custo que esta medida poderá comportar", reiterou.

"Depois, mediante isso, podemos tomar uma decisão que pode ser gradual, que pode ser projetada de acordo com as possibilidades", concluiu.

Nas mesmas declarações, Montenegro aproveitou para atirar farpas ao Executivo de António Costa. "Há razões para mudar de Governo e dizer que o Partido Socialista (PS) deixou o país bem pior do que aquilo que foram as condições em que o recebeu e muito pior do que aquilo que tem dito nas suas intervenções", atirou, lamentando: "O Governo perdeu oito anos para poder resolver questões como esta".

"Aquilo que recebi de informação por parte dos representantes dos sindicatos e das associações da PSP e da GNR é que, basicamente, durante estes oito anos, não foi feito nada para valorizar a condição policial destes profissionais e a sua posição remuneratória", argumentou.

"Há um país que cada dia se revela completamente diferente do que o PS andou a propagandear nos últimos tempos e continua a enaltecer, e temos em muitos setores uma grande instabilidade, um grande sentimento de injustiça", lamentou.

Montenegro disse, também, que esta situação, bem como a que se vive noutros setores de atividade do país, "traça um retrato, no âmbito da Administração Pública, que é deveras preocupante".

"Estamos com dificuldade em atrair e reter para a Administração Pública bons profissionais e maior de valorizar as suas carreiras. Tendo-nos sido vendido que Portugal estava num ciclo de desenvolvimento e prosperidade, é uma grande contradição", concluiu.

Luís Montenegro e representantes da coligação da AD (que reúne PSD, CDS-PP e PPM) reuniram-se hoje na sede nacional do PSD com a plataforma que junta sindicatos da Polícia de Segurança Pública (PSP) e associações da Guarda Nacional Republicana (GNR).

AD promete "dignidade e respeito" aos agricultores

Na sua declaração inicial aos jornalistas, Montenegro fez questão de se referir também à "enormíssima manifestação dos agricultores portugueses" que decorre hoje por todo o país.

"Denotam toda a sua frustração e desilusão com a falta de apoio por parte do Governo", considerou.

Questionado o que pode a Aliança Democrática (AD) oferecer diferente aos agricultores, o líder do PSD respondeu: "Desde logo, dignidade e respeito".

"Para mim a agricultura é um setor estratégico, estratégico para criar riqueza, para termos mais autonomia alimentar, para fixar pessoas no território", disse, comprometendo-se também a ter membros num eventual Governo que tenham uma "relação dialogante e leal" com os agricultores.

[Notícia atualizada às 19h06]

Leia Também: "Unidos". Eis a maior manifestação de sempre das forças de segurança

Recomendados para si

;
Campo obrigatório