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Medina recorda chumbo do OE2022 para criticar "vozes delicodoces" do BE

O dirigente socialista Fernando Medina recordou hoje o chumbo do Orçamento do Estado para 2022 pelos então parceiros de esquerda para criticar as "vozes delicodoces" do BE e defendeu que as soluções políticas devem ser encontradas após as legislativas.

Medina recorda chumbo do OE2022 para criticar "vozes delicodoces" do BE
Notícias ao Minuto

20:15 - 05/01/24 por Lusa

Política Congresso PS

Em declarações aos jornalistas à entrada para o 24.º Congresso do PS, em Lisboa, Fernando Medina disse ter ficado "um pouco impressionado" com as declarações da coordenadora do BE, Mariana Mortágua, esta manhã, em que se comprometeu a negociar um "acordo de maioria para um programa de Governo" de esquerda.

"Isso é um bocadinho para parecer que se pode votar com facilidade no BE, porque depois se entenderão com o PS. Ora, a história mostra-nos que não foi assim", referiu.

O também ministro das Finanças recuou ao chumbo do Orçamento do Estado para 2022, salientando que, nessa ocasião, houve uma "aliança entre os partidos à esquerda e à direita do PS" para chumbar a proposta orçamental e "impedir a concretização do programa do PS".

"Por isso, são vozes um bocadinho delicodoces relativamente ao tema da estrutura política do país, mas, para quem conhece a vida política portuguesa, não impressionam particularmente", referiu.

Questionado se este compromisso de Mariana Mortágua não faz lembrar 2015, quando a então coordenadora do BE Catarina Martins tinha igualmente traçado linhas para um eventual acordo à esquerda, Medina respondeu: "Eu nunca penso em 2015 sem pensar em 2019"

"Porque, em 2019, essas linhas desapareceram todas e houve uma coligação dos partidos à esquerda do PS, com os partidos à direita do PS, para chumbar o Orçamento do Estado e não permitir que o Governo completasse a sua legislatura", disse.

Interrogado se não vê com bons olhos uma nova geringonça, Medina defendeu que "as soluções políticas devem ser encontradas depois das eleições".

"Até às eleições, o que cada partido deve fazer - e é isso que nós vamos ver no Congresso do PS - é o mais importante: quais são as respostas de cada partido para os problemas dos portugueses. Acho que é isso que os portugueses querem saber", afirmou.

Nestas declarações aos jornalistas, Medina não se comprometeu em manter a dívida pública abaixo dos 100%, remetendo para a publicação desses dados pelo Banco de Portugal, no dia 02 de fevereiro.

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