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Rui Rio apresenta livro de Ferro Rodrigues na terça-feira na U. Porto

O ex-líder do PSD Rui Rio apresenta na terça-feira, na Reitoria da Universidade do Porto, o livro recentemente lançado pelo antigo secretário-geral do PS Ferro Rodrigues, intitulado "Assim vejo a minha vida".

Rui Rio apresenta livro de Ferro Rodrigues na terça-feira na U. Porto
Notícias ao Minuto

13:12 - 18/12/23 por Lusa

Política Rui Rio

Nesta sessão, que se inicia às 18h30, serão também oradores na apresentação do livro do ex-presidente da Assembleia da República, já lançado em Lisboa no final de outubro, o administrador Artur Santos Silva e José Freire de Sousa.

No plano político, Ferro Rodrigues e Rui Rio têm coincidido nas críticas ao funcionamento do sistema de justiça, e o ex-presidente do PSD propôs mesmo ao atual primeiro-ministro uma ampla reforma deste sistema, que, no entanto, foi recusada por António Costa.

Ferro Rodrigues e Rui Rio reiteraram essas críticas ao sistema de justiça nas últimas semanas, após António Costa se ter demitido das funções de primeiro-ministro, na sequência de um inquérito judicial instaurado pelo Ministério Público no Supremo Tribunal de Justiça a partir da Operação Influencer.

Dias depois da demissão do primeiro-ministro, em 07 de novembro, Ferro Rodrigues regressou a uma reunião da Comissão Nacional do PS para criticar a atuação da justiça, afirmando: "Estou pronto e disponível para em conjunto com outros defensores do Estado de Direito Democrático, do PS, de outros partidos ou sem partido me continuar a bater pelo 25 de Abril".

"Quando uma justiça sem rosto põe em causa a democracia política, sinto o dever de a pressionar para ser clara, transparente, identificável. Quero dedicar a última fase da minha vida política a, modestamente, defender a causa das causas: A democracia", declarou.

Em relação à operação judicial que conduziu à demissão de António Costa, Ferro Rodrigues defendeu que "há que pedir responsabilidades".

"Sei que há muitos que pensam como eu, dentro e fora do PS, porque não é admissível que perante tão grave crise a voz da Procuradoria-Geral da República (PGR) seja a do sindicato. Vi e vivi um filme parecido há 20 anos", disse, aqui numa alusão ao processo Casa Pia, em 2003, em que o antigo porta-voz socialista Paulo Pedroso esteve em prisão preventiva, tendo depois sido ilibado de todas as suspeitas.

Em entrevista recente ao JN, Rui Rio defendeu que a procuradora-geral da República (PGR), Lucília Gago, deveria abandonar o cargo, na sequência da operação Influencer, que levou à demissão do primeiro-ministro.

"A senhora PGR não só não foi clara, como até assumiu que não se sente responsável por coisa nenhuma. Pior ainda, abriu um processo contra a procuradora Maria José Fernandes, que ousou corajosamente dar a sua opinião crítica sobre o funcionamento do Ministério Público. Mais grave ainda, sabe-se que o Ministério Público manteve um membro do Governo sob escuta quatro anos. E, para mim. é evidente que deveria abandonar o cargo, mas no Portugal contemporâneo, a sua permanência, não será assim tão fora do comum", disse.

Para o ex-presidente do PSD, "na prática, o primeiro-ministro foi demitido pela PGR -  e essa mesma PGR nem sequer tem noção do gravíssimo dano que provocou ao país, quando em todo o mundo se noticiou que o primeiro-ministro português se demitiu devido a suspeitas de corrupção", acrescentou.

Em julho, a residência de Rui Rio no Porto, bem como a sede nacional do PSD, foram alvo de buscas por suspeitas de peculato e abuso de poderes na utilização de fundos de natureza pública em contexto político-partidário -- uma operação da qual se desconhecem até hoje quaisquer resultados e que foi muito criticada, quer pelo aparato mediático, quer, sobretudo, no que respeita à solidez das suspeitas que o Ministério Público alegou estarem em causa.

Leia Também: Ferro Rodrigues critica "cultura justicialista e de desconfiança" do MP

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