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Rocha diz adeus a Costa e atira à "troika Raimundo, Mortágua e PNS"

O líder da IL despediu-se hoje de António Costa, que acusou de "fuga às responsabilidades", e disse sonhar com o dia em que a "troika de Raimundo, Mortágua e Pedro Nuno Santos" deixará de mandar na casa dos portugueses.

Rocha diz adeus a Costa e atira à "troika Raimundo, Mortágua e PNS"
Notícias ao Minuto

14:10 - 29/11/23 por Lusa

Política OE2024

Foi com um discurso em tom de campanha eleitoral e que obrigou à intervenção, por diversas vezes, do presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, para serenar os ânimos no plenário no debate do Orçamento do Estado para 2024 (OE2024).

"Senhor primeiro-ministro, no debate quinzenal de 18 de outubro disse-lhe que o seu Governo estava em fuga. Confesso que nunca pensei que essa fuga acontecesse tão depressa. Mas a fuga, a fuga permanente às responsabilidades é, de facto, a marca da sua governação que agora termina", disse o presidente e deputado da IL no arranque da sua intervenção.

Mais à frente, Rui Rocha terminou o discurso dirigindo-se de novo diretamente ao primeiro-ministro com duas recomendações: "que passe a escolher melhor as companhias e que aprenda a assumir as suas responsabilidades".

"Até sempre, primeiro-ministro António Costa. Hasta la vista. Adeus", disse, gerando uma nova reação exaltada da câmara que fez Santos Silva afirmar que aquele tipo de comportamento mostrava desrespeito perante o próprio presidente do parlamento.

O líder liberal relatou que, desde que assumiu a presidência do partido, lhe perguntam muitas vezes se não se cansa e ele responde "sempre que não" porque sonha com um dia em que o país será diferente do que é hoje.

"Senhor primeiro-ministro vai mesmo chegar uma segunda-feira em que a troika de Raimundo, Mortágua e Pedro Nuno Santos não terá poder para impedir o país de crescer, vai mesmo chegar uma segunda-feira em que a troika Raimundo, Mortágua e santos não vai ter poder para mandar na saúde, no bolso e na casa dos portugueses", afirmou.

Rui Rocha personalizou a sua vinda para a política e explicou que entrou nesta atividade com "dois objetivos muito claros", o primeiro dos quais para derrotar as políticas e o Governo liderado por António Costa.

"O segundo objetivo é "contribuir para pôr Portugal a crescer" para que os portugueses possam ficar e, aqueles que emigraram, possam regressar.

"A primeira parte do objetivo está cumprida. A segunda parte vai começar a cumprir-se na tal segunda-feira que é, digo-lhe agora, a segunda-feira de 11 de março", antecipou.

Com várias referências ao parágrafo do comunicado da PGR segundo o qual se soube que António Costa era alvo de um inquérito no Ministério Público (MP) junto do Supremo Tribunal de Justiça, o líder da IL considerou que "não foi o parágrafo que escolheu Lacerda Machado para seu melhor amigo" nem que "escondeu 75800 euros em notas na sua residência oficial".

Concretamente sobre o OE2024, o líder da IL não deixou de fora a polémica com o aumento do IUC para viaturas anteriores a 2007 e recordou que António Costa defendeu a medida no parlamento.

"E cá estamos, senhor primeiro-ministro, com uma proposta do PS para revogar o aumento do IUC. As questões ambientais passaram a ser preocupação do PS às terças, quintas e sábados porque ao domingo há eleições", ironizou.

Mas não foi apenas à esquerda que Rui Rocha atirou críticas, referindo que desde que o Governo entregou a sua proposta orçamental "muita coisa mudou".

"O deputado Ventura agora é moderado", disse, considerando ainda que o PSD agora "já não se preocupa tanto com as contas certas" e apresenta medidas cujos contas do custo deixa para depois.

"Mas ainda assim o PSD preocupa-se um pouco mais que o deputado Ventura que apresentou uma medida que custa três TAP por ano", criticou, numa referência ao desafio do presidente do Chega aos partidos à direita a comprometerem-se a que, no final da próxima legislatura, nenhuma pensão esteja abaixo do Salário Mínimo Nacional (SMN), calculando o custo da medida entre 7,5 e 9 mil milhões de euros.

Leia Também: Ventura diz que António Costa e Governo do PS não deixarão saudades

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