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Nova geringonça é "um forte risco eleitoral para o PS"

O constitucionalista Vital Moreira alerta para os 'riscos' de um possível acordo de governo do Partido Socialista com o Partido Comunista e o Bloco de Esquerda, tal como aconteceu em 2015.

Nova geringonça é "um forte risco eleitoral para o PS"
Notícias ao Minuto

15:39 - 24/11/23 por José Miguel Pires

Política Crise política

"Independentemente de poder vir a avançar para um acordo de governo com o Partido Comunista Português (PCP) e o Bloco de Esquerda (BE) depois das eleições, o Partido Socialista (PS) não tem nenhuma vantagem em anunciar uma preferência por tal solução de Governo antes delas", escreveu o constitucionalista Vital Moreira, esta sexta-feira, no blogue Causa Nossa.

Na mesma missiva, o antigo eurodeputado socialista considera que "apostar antecipadamente numa coligação à sua esquerda encerra um forte risco eleitoral para o PS, numa dupla vertente".

Primeiro, porque "abandona o argumento do 'voto útil' à Esquerda, uma vez que o voto no PCP e no BE também passa a contar à partida como voto num Governo de Esquerda, não sendo necessário votar PS". Depois, porque "tende a alienar uma parte do voto centrista, que não sufraga um Governo de frente de Esquerda, tanto mais que, ao contrário do que sucedeu em 2022, com Rui Rio, desta vez o líder do Partido Social-Democrata (PSD) afasta enfaticamente a hipótese de coligação com o Chega".

Mais, Vital Moreira argumenta que é "evidente" que "em 2022, foi a recusa de António Costa de equacionar na campanha eleitoral qualquer reedição da Geringonça, proporcionando a confluência do voto útil de esquerda e do voto centrista anti-Chega, que deu ao PS a inesperada maioria absoluta que obteve então".

Para o constitucionalista, "ainda é possível o PS vencer as eleições a 10 de março, desde logo pelo legado positivo do Governo, pela falta de 'appeal' político do PSD de [Luís] Montenegro e, também, por efeito do crescimento do Chega, à custa dele", mas "naquelas condições, a eventual vitória socialista torna-se bem mais arriscada e, a acontecer, seguramente menos expressiva".

Leia Também: "Estar com PNS é também participar naquilo que o PS sempre foi"

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