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Madeira? "O grande derrotado é o PS. É um tsunami, um descalabro"

Luís Marques Mendes comentou os resultados eleitorais na Madeira, que foi este domingo a votos para eleger uma nova composição do Parlamento regional.

Madeira? "O grande derrotado é o PS. É um tsunami, um descalabro"
Notícias ao Minuto

21:57 - 24/09/23 por Notícias ao Minuto com Lusa

Política Luís Marques Mendes

O comentador político e ex-dirigente do PSD Luís Marques Mendes declarou, este domingo, o Partido Socialista (PS) como "o grande derrotado" nas eleições regionais na Madeira.

"O grande derrotado é o PS. Isto não é uma derrota, é um tsunami, um descalabro. Ou seja, teve 35% de votos há 4 anos e agora vai ficar com 20% ou até ligeiramente abaixo. É quase perder metade do eleitorado em 4 anos. Isto é um verdadeiro tsunami", disse Marques Mendes, no seu espaço de comentário habitual na SIC.

Para o antigo líder do PSD, "de três hipóteses, uma". Ou é "uma falha da estratégia", ou "uma falha de liderança", ou são "as duas coisas ao mesmo tempo".

Isso sim, "isto é regional". "Não vale a pena pensar, sejamos honestos, em tirar ilações de uma eleição regional para o plano nacional. É um problema do PS na Região Autónoma", esclareceu Marques Mendes, defendendo ser imperativo que "nesta noite, o líder regional do PS tenha o mínimo de decência e responsabilidade e se demita".

Segundo derrotado da noite é...

Por outro lado, Marques Mendes declarou também, como segundo derrotado nesta noite eleitoral na Madeira, o Chega, "e André Ventura em particular", que foi "o líder nacional que mais se empenhou nestas eleições".

"Em agosto, na visita do Papa, não esteve cá, ao contrário dos outros líderes, porque estava na Madeira a fazer campanha eleitoral. Fez uma moção de censura esta semana virada para tentar tirar partido na Madeira. Qual era o grande objetivo? Tirar a maioria absoluta ao PSD e ao CDS-PP para se considerar relevante", esclareceu o comentador, argumentando que, uma vez que as sondagens apontavam para uma eventual maioria absoluta, "Ventura é irrelevante".

"Mas mesmo que não houvesse [maioria absoluta], uma vez que as previsões apontam também para um deputado da IL, ele seria também irrelevante. Portanto, é uma derrota também do Chega", continuou.

Os vencedores da noite: PSD e CDS-PP

Já falando dos "vencedores da noite", Marques Mendes coroou o PSD e o CDS-PP. "Evidentemente é um grande resultado para o PSD e o CDS-PP. Sobretudo para o PSD, porque está no poder desde o início da Democracia, e o poder desgasta. Ao fim de quase 50 anos no poder, ainda continuar a ganhar eleições com esta dimensão, ainda que com a colaboração do CDS-PP, é, evidentemente, obra", disse.

Para o antigo dirigente social-democrata, a vitória é obra de Miguel Albuquerque, presidente do Governo Regional, que é "o grande vencedor da noite". "A grande prova são os resultados da governação. O governo de Miguel Albuquerque esteve bem durante a pandemia, esteve melhor ainda no pós-pandemia, tem bons resultados no ponto de vista económico e social, e, obviamente, quando se tem bons resultados, normalmente ganham-se eleições", realçou Marques Mendes.

Sobre o facto de o líder do governo madeirense ter, repetidamente, assegurado que não governaria se não tivesse maioria absoluta - que alguns consideraram tratar-se de uma eventual chantagem -, Marques Mendes mostrou-se a favor, em nome da "clareza". "Eu aprecio esses gestos de clareza, eu sou a favor de clareza. Deixou as coisas claras. Se governou com uma maioria absoluta, e agora deixasse de a ter, ficava numa situação de desequilíbrio e em perda de credibilidade, ficava debilitado, fragilizado", comentou.

Montenegro também é vencedor

"Se não houvesse maioria absoluta, toda a gente estaria a dizer que Montenegro sai derrotado, e seria verdade. Como não sai derrotado, sai vencedor. Há o grande vencedor, Miguel Albuquerque, e o vencedor político, o líder do partido." Assim declarou, também, Marques Mendes o atual líder do PSD, Luís Montenegro, como um dos vencedores desta noite eleitoral.

Isto assumindo que os resultados finais das eleições dão, efetivamente, uma maioria absoluta ao PSD e ao CDS-PP, algo que ainda não é certo. Caso contrário, "regressa o pesadelo, o drama, as ambiguidades em função do Chega", alertou Marques Mendes.

Com mais de 90% dos votos apurados (49 de 54 freguesias), a coligação formada por PSD e CDS-PP continuava a liderar, com 43,98% dos votos e já conseguiu eleger 12 deputados. Seguia-se o PS, com 20,76% votos e cinco deputados. 

Por sua vez, o JPP elegeu três deputados, com 12,08% dos votos. Também o Chega já conseguiu dois deputados, com 8,62% dos votos.

Leia Também: Chega vai estrear-se no parlamento regional da Madeira

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