Albuquerque avisa que sondagens muito positivas são "uma armadilha"
O cabeça de lista da coligação PSD/CDS-PP às legislativas de domingo da Madeira, Miguel Albuquerque, avisou hoje que as sondagens muito positivas são sempre "uma armadilha" e pediu aos eleitores que não caiam "em logros".
© Global Imagens
Política Madeira
"As sondagens são enganadoras, as sondagens muito positivas são sempre uma armadilha, porque leva a que haja algum 'relax', haja uma sensação que está tudo ganho, que não é preciso ir votar, o que leva a que as pessoas fiquem em casa", disse Miguel Albuquerque, no Funchal, no último comício de campanha da coligação Somos Madeira.
Admitindo estar satisfeito e entusiasmado com as sondagens divulgadas nos últimos dias, que apontam para a vitória da coligação Somos Madeira com maioria, Miguel Albuquerque insistiu que no domingo ninguém pode ficar em casa.
"No próximo domingo, sem hesitação vão votar, vão votar, não podem ficar em casa, quem ficar em casa pode ser corresponsável por uma situação de regressão da região", dramatizou.
Antes, o também líder do PSD/Madeira tinha voltado a deixar críticas à oposição, começando pelo maior partido da oposição na região.
"O socialismo não funciona em parte nenhuma, se o socialismo vai gerir o deserto do Saara ao fim de três meses eles começam a importar areia, se for gerir o polo norte ao fim de uma semana começam a importar gelo. Eles não sabem governar, eles sabem fazer propaganda, governar não sabem", acusou.
Pedindo aos eleitores para "porem a mão na consciência" e verem o que querem para o presente e o futuro da Madeira, passou depois aos partidos mais pequenos.
"Vejam o que se passa com as chalupices, as loucuras e as alucinações que esta gente anda aí a dizer desses pequenos partidos da oposição, não tem pés, nem cabeça, só dizem disparates, loucuras, palermices e coisas impossíveis de cumprir", argumentou, avisando que não se pode "cair em logros" e que os eleitores têm de saber que "a democracia é um governo de corresponsabilização em que os cidadãos têm sempre uma palavra a dizer".
Outra das mensagens repetidas por Miguel Albuquerque, que lidera o Governo Regional desde 2015, foi a recusa em continuar à frente do executivo se não alcançar a maioria no domingo.
"Se não tiver maioria para governar, não governarei. Não podemos ter governos minoritários. [...]. É um logro, uma mentira esses governos de coligação, esses governos não funcionam", assegurou, considerando que um executivo "de coligação onde tudo tem de ser negociado, tem de ser cedido, ponto a ponto, decisão a decisão, só serve para entreter, para empatar".
O líder do CDS-PP/Madeira e número dois na lista da coligação, Rui Barreto, fez também um apelo ao "voto útil", sublinhando que "o voto útil é o voto na coligação Somos Madeira"
"Até dia 24 vamos dizer aos nossos amigos, nas ruas, nos becos, nas travessas, nas freguesias, nos concelhos, que temos a pessoa certa e que a pessoa é o nosso Miguel Albuquerque, que nós queremos governar a Madeira mais quatro anos", disse.
Nas anteriores eleições regionais, em 2019, o PSD falhou pela primeira vez a maioria absoluta num sufrágio na região desde 1976, optando por celebrar um compromisso de coligação com o CDS-PP para garantir a sua continuidade na governação.
Às legislativas da Madeira concorrem 13 candidaturas, que disputam os 47 lugares no parlamento regional, num círculo eleitoral único.
PTP, JPP, BE, PS, Chega, RIR, MPT, ADN, PSD/CDS-PP (coligação Somos Madeira), PAN, Livre, CDU (PCP/PEV) e IL são as forças políticas que se apresentam a votos.
Nas anteriores regionais, os sociais-democratas elegeram 21 deputados e o CDS-PP três deputados parlamentares. O PS alcançou 19 mandatos, o JPP três e a CDU um.
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