Em conferência de imprensa, André Ventura explicou que, na reconfirmação do diploma no dia 21 de setembro, os partidos apenas poderão apresentar alterações ao diploma do Governo e não as suas próprias iniciativas.
Por esta razão, e apesar de discordar de "todo o programa", Ventura anunciou que irá escrever ao PS a pedir que revogue as apenas as medidas que considera mais gravosas, "uma vez que se trata da última oportunidade" de alterar o diploma.
O PS já manifestou a intenção de confirmar o decreto sobre habitação -- vetado por Marcelo Rebelo de Sousa em 21 de agosto -, bastando para tal o voto favorável da maioria absoluta dos deputados em efetividade de funções (116 parlamentares), tendo depois o Presidente da República de promulgar o diploma no prazo de oito dias a contar da sua receção.
"Já era um sinal importante que o PS dava ao país, de humildade de reconhecer o erro, se aceitasse que o arrendamento coercivo, as novas regras para o alojamento local e a contribuição extraordinária para o setor fossem revogadas deste diploma", apelou.
Ventura disse que "muitos dos socialistas e o Presidente da República" já reconheceram que estas medidas ou só terão efeitos marginais -- no caso do arrendamento coercivo -- ou matarão o setor do alojamento local.
"Este não é um pedido do Chega, do PSD ou IL, é um pedido do país, de quem trabalha nestas áreas e vive no âmbito do alojamento local e de muitos que são proprietários", afirmou, deixando esse apelo direto ao primeiro-ministro.
"Apelo a que António Costa tenha a capacidade de, à última hora, tomar pelo menos estas decisões", pediu.
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