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PCP alerta para falta de resposta a "crescentes dificuldades"

A líder parlamentar do PCP considera que a atual situação nacional é de "crescentes dificuldades" e injustiças na sociedade portuguesa, acusando o PS de se "recusar a dar as respostas que são necessárias" e defendendo uma "política alternativa".

PCP alerta para falta de resposta a "crescentes dificuldades"
Notícias ao Minuto

06:50 - 19/07/23 por Lusa

Política Estado da Nação

"No nosso país, a realidade é marcada pelas crescentes dificuldades na vida das pessoas, de quem vive do seu trabalho, dos reformados, das mulheres, dos jovens, da generalidade do povo português", afirmou Paula Santos em declarações à agência Lusa no âmbito do debate sobre o Estado da Nação, que decorre esta quinta-feira no parlamento.

Para a deputada do PCP, há atualmente "crescentes desigualdades" e injustiças na sociedade portuguesa, com salários e pensões a "perderem o valor real", "dificuldades no acesso a serviços públicos e na habitação" e um "agravamento do aumento do custo de vida".

"Não houve vontade, aliás houve recusa, quer por parte do PS, quer por parte do PSD, da IL e do Chega, em travar este aumento de preços especulativos que todos sentimos todos os dias nas nossas vidas", defendeu.

Paula Santos considerou que a atual situação nacional "exige uma rutura com este caminho" e uma "política alternativa", uma vez que "o PS se recusa a dar as respostas que são necessárias" para enfrentar os problemas, acompanhado pelo PSD, Chega e Iniciativa Liberal.

Sobre as polémicas que houve no Governo ao longo deste ano, a deputada do PCP considerou que não podem "ser desvalorizadas", mas também "não se pode desvalorizar o agravamento das condições de vida que se está a verificar".

"Para o PS, [esses casos] têm permitido desviar a atenção da resposta que é necessária aos problemas que aí estão, mas, por parte do PSD, IL e Chega, permitem também esconder a convergência que têm com o PS em matérias que são centrais, como a legislação laboral ou enfrentar a especulação e os interesses dos grupos económicos", referiu.

A líder parlamentar do PCP defendeu que, por parte de todos esses partidos, "tem havido o empolamento dessas circunstâncias para procurar desviar as atenções daquilo que é essencial", como as dificuldades no acesso ao Serviço Nacional de Saúde (SNS) ou o aumento do custo de vida.

Antecipando as prioridades do PCP para a próxima sessão legislativa, Paula Santos indicou que o partido vai insistir na necessidade de se valorizarem os salários e as pensões, "porque as decisões do Governo revelam a sua insuficiência para enfrentar o aumento do custo de vida".

O PCP vai também voltar a propor "o controlo e redução de preço de bens e serviços essenciais", como forma de combater "o aproveitamento" da inflação que Paula Santos considerou estar a ser feito pelos setores da grande distribuição, da banca, das seguradoras e telecomunicações.

A líder parlamentar comunista frisou ainda que o seu partido vai defender medidas para "contratar e fixar profissionais de saúde no SNS", "garantir o direito à habitação e impedir que as pessoas possam vir a ficar sem a sua casa" e também para "valorizar a escola pública e os seus profissionais".

Leia Também: Chega realça dificuldades dos portugueses e "caos" nos serviços públicos

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