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Importa que democratas atuem com "consciência das consequências dos atos"

O presidente do PS defendeu hoje a importância de os democratas atuarem com "consciência das consequências da sua palavra e atos" e alertou que a confiança na democracia não está dissociada da perceção das pessoas da conduta dos seus protagonistas.

Importa que democratas atuem com "consciência das consequências dos atos"
Notícias ao Minuto

19:49 - 09/06/23 por Lusa

Política PS

"A confiança na democracia não está dissociada da perceção que as pessoas têm sobre a conduta, a ação e os resultados das instituições e dos seus protagonistas, pelo que todos, começando pelos socialistas, devemos fazer mais e melhor, e, sobretudo, com o maior apuro ético e respeito pelos que depositaram em nós a sua confiança", apelou Carlos César.

Esta mensagem foi feita num vídeo divulgado no 30.º aniversário do PES Women (Mulheres Socialistas Europeias), que decorreu hoje na sede nacional do partido, em Lisboa.

Na opinião do presidente do PS, "importa, por isso, que todos os democratas atuem com a consciência das consequências da sua palavra, dos seus atos e do seu compromisso histórico".

"Importa, também por isso e para isso, nos nossos países, que, em defesa da democracia, trabalhemos para que a nossa democracia alcance bons resultados e que ganhem conteúdo, direitos justamente reclamados por todos, em particular pelos jovens, nos diversos planos sociais e económicos", salientou, referindo áreas como a habitação, a "eficácia das funções e dos serviços públicos" ou a "suficiência e justiça dos rendimentos do trabalho".

Para Carlos César, "muitos dos fatores de instabilidade política e social" atual têm origem "nos défices" em várias dessas dimensões e "no entorpecimento que os partidos e políticos conservadores, de esquerda e de direita, revelam, frequentemente, face às mudanças imprescindíveis".

"Devemos, pois, todos os democratas, ter a coragem e a inovação necessárias, devendo essa coragem e essa inovação serem lideradas pelos socialistas europeus", sublinhou.

Na sua intervenção, Carlos César alertou para "múltiplos e crescentes riscos" para a democracia presentes atualmente no espaço europeu.

"A normalização dos populistas e dos extremistas de direita, que algumas forças políticas moderadas fazem, num jogo duplo para acederem ou se conservarem no poder, é alimento da destruição da própria democracia, e estímulo para, uma a uma, ruírem conquistas históricas que moldam as sociedades progressistas assentes no respeito pela diversidade da condição humana e cultural e pelas liberdades", alertou.

Para o presidente do PS, "os riscos que hoje impendem sobre as democracias exigem clareza, empenho e comprometimento dos democratas".

"Nestes tempos de excecionais exigências, os socialistas democráticos, sem perda da sua identidade ideológica, têm de se revigorar como obstáculos a esses desvios e como agregadores de novas maiorias políticas, capazes de barrar os caminhos aos extremismos e centradas no reforço e não no condicionamento das democracias. São desafios que requerem a coragem e a inovação que não nos podem faltar", apelou.

Sobre o 30.º aniversário do PES Women, Carlos César realçou que em Portugal e na Europa "foram dados passos significativos nas matérias que mais se prendem com os direitos humanos e, em especial, os direitos e oportunidades das mulheres".

"Infelizmente, porém, subsistem casos em que esses avanços são escassos ou incompletos -- isso quer dizer que o trabalho das Mulheres Socialistas não só é necessário como não pode nem deve abrandar na concretização de essas e de outras mudanças", afirmou.

Carlos César defendeu ainda que, "à escala institucional europeia, era importante, muito além de uma comissão parlamentar de especialidade, reforçar a participação das organizações de mulheres, tal como as dos jovens, como instâncias obrigatórias nos processos europeus correlacionados de auscultação e de decisão".

A ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares, Ana Catarina Mendes, não pôde estar presente no evento mas enviou uma mensagem escrita que foi lida, na qual defendeu que "assumir a igualdade entre mulheres e homens não significa que a mulher queira ser homem, mas sim ser mulher significa ter os mesmos direitos que os homens".

"Agora que estamos a menos de um ano dos 50 anos do 25 de Abril de 1974 dou por mim a pensar sobre que igualdade nestes 50 anos de liberdade? E é muita a igualdade que já conquistámos aqui, como na Europa. Temos que ganhar dessas conquistas alento e força para não deixar que o progresso seja travado ou até que regrida, como se tem visto por exemplo na Polónia, na Hungria e nos Estados Unidos da América em relação à interrupção voluntária da gravidez", afirmou a ministra que tem a tutela da Igualdade e Migrações.

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