Nuno Melo falava numa mensagem vídeo transmitida no início das jornadas parlamentares do PSD/CDS-PP, que decorrem até terça-feira em Évora, nas quais não esteve presencialmente por se encontrar ausente do país.
"Quando não falta quem especule sobre a entrada de novos membros para este clube, disto eu sei: sei que a AD é uma fórmula experimentada, com resultados, que se exerce na confiança e na lealdade que há muitos anos existe entre os nossos dois partidos, sempre que se juntavam. Já com fórmulas diferentes, não sei como será", disse.
Nuno Melo não se referiu a nenhum partido em concreto, mas deixou esta mensagem numa altura em que são conhecidas as dificuldades na coligação autárquica para Lisboa entre PSD, CDS-PP e IL na recandidatura de Carlos Moedas.
O líder democrata-cristão disse que encontra "causas de sempre" do CDS-PP expressas em muitas propostas e assinalou a "comunhão fácil de propósitos" entre os dois partidos, que "partilham uma visão comum, ou pelo menos próxima, em relação à sociedade que querem construir".
O presidente do CDS-PP e ministro da Defesa Nacional defendeu também que "a junção dos esforços dos dois partidos vem provando repetidamente nas urnas a sua eficácia".
"Que fantástico Governo foi", salientou.
Nuno Melo abordou alguns temas, um dos quais a imigração, e considerou que o Governo "enfrentou com racionalidade o descalabro" em que se encontrava.
Também falando nestas jornadas conjuntas, o líder parlamentar do CDS-PP assinalou que os dois partidos juntos "são uma marca vencedora, e sempre ganharam as eleições legislativas nacionais a que se apresentaram", porque "os portugueses sabem que podem contar com o PSD e o CDS para governar os destinos do país".
"Acreditaram, e bem, que se tínhamos governado com eficiência e justiça durante 11 meses, poderíamos e deveríamos fazer mais e melhor em quatro anos. É esse o nosso horizonte temporal, quatro anos de governação e é durante quatro anos que vamos governar", afirmou Paulo Núncio.
O deputado centrista assinalou que, tendo vencido as últimas legislativas sem maioria absoluta, a AD terá de "dialogar no parlamento", e pediu "estabilidade para cumprir o mandato".
"Além de um diálogo natural com a IL, que proclama, mas não esgota as ideias liberais -- também as há no CDS e no PSD -- a aritmética parlamentar implica a possibilidade e a vontade de um esforço de diálogo ainda maior, tanto à nossa direita como à nossa esquerda. Só assim a legislatura pode funcionar com reformismo, celeridade e uma política dirigida a fazer e decidir, não apenas falar com demagogia e, não raro, crispar a divisão", defendeu Paulo Núncio.
O líder parlamentar do CDS falou também no tema da imigração, considerando que o Governo está "a retomar o controlo de uma situação descontrolada", pelo que "é natural que o PS, autor de muitos erros na imigração, tenha pouca disposição para corrigir".
"E é também natural que a mudança de política seja viabilizada à direita, desde que não se ceda em princípios básicos, como o Governo não cedeu", defendeu.
Sobre a TAP, Núncio disse que estará "muito atento ao grau de responsabilidade que Chega e PS vão demonstrar".
Paulo Núncio traçou também como objetivo para as eleições autárquicas "retirar o PS da Associação Nacional de Municípios".
Leia Também: Nuno Melo afirma: 2.º helicóptero de emergência disponível "em breve"