Meteorologia

  • 19 ABRIL 2024
Tempo
15º
MIN 14º MÁX 21º

"Costa andou aos ziguezagues e fez portugueses gastarem 3,2 mil milhões"

Declarações foram proferidas pelo líder do Partido Social Democrata (PSD), no âmbito da polémica que envolve o relatório da Inspeção-geral das Finanças (IGF) à TAP, cujos resultados - e consequências - foram conhecidos na segunda-feira.

"Costa andou aos ziguezagues e fez portugueses gastarem 3,2 mil milhões"
Notícias ao Minuto

19:18 - 07/03/23 por Teresa Banha

Política TAP

O presidente do Partido Social Democrata (PSD), Luís Montenegro, considerou, esta terça-feira, que o primeiro-ministro anda "muito desnorteado na condução do Governo" e algumas declarações que profere", acusando António Costa de ter políticas erráticas "nos últimos sete anos".

"Dizem uma coisa em 2016, fazem outra em 2020, e agora em 2023, fazem o contrário de tudo o que disseram nos últimos sete anos", referiu, em declarações aos jornalistas, quando questionado sobre os últimos acontecimentos que têm marcado a atualidade e que envolvem a TAP, na sequência dos resultados da auditora da IGF.

"[António Costa] andou aos ziguezagues e com os ziguezagues fez os portugueses gastarem 3,2 mil milhões de euros", rematou o líder social-democrata, em Lisboa.

As considerações foram feitas pouco tempo depois de o chefe de Governo, António Costa, ter dito que era "absolutamente incapaz" de comentar as posições do PSD sobre a TAP, dada a sua "volatilidade".

"O PSD é a favor da privatização da TAP. É a favor de que seja um operador privado a explorar o negócio da nossa companhia aérea. Achamos que isso é útil do ponto de vista da gestão e da qualidade do serviço - salvaguardando o interesse estratégico do país. Foi sempre essa  nossa posição", garantiu Montenegro. Em resposta às críticas do chefe de Governo, Montenegro acrescentou ainda que Costa "perdeu a noção do ridículo".

O social-democrata foi ainda questionado sobre a eventualidade de a privatização da TAP ser favorecida ou não após a demissão do chairman e da CEO da TAP, anunciada na segunda-feira, com base nos resultados da auditoria, mas notou logo que não sabia responder a isso, apesar de "do ponto de vista teórico toda a instabilidade que a empresa possa viver não será muito favorável".

Na segunda-feira, o Governo anunciou os resultados da auditoria da IGF, assim como as demissões acima referidas. Apesar de o ministro das Finanças, Fernando Medina, considerar que estas decisões do Executivo são necessárias para "um virar de página", este parece ser um capítulo ainda longe de encerrar. 

Após a decisão, a ex-CEO da TAP, Christine Ourmières-Widener, revelou estar perplexa por ter sido "a única pessoa diretamente envolvida [na auditoria] que não foi ouvida pessoalmente perante a IGF" e que vai tirar "em devido tempo, todas as consequências legais" daquele que considera ter sido um "comportamento discriminatório" por parte da autoridade de auditoria. 

Já hoje, entre as "volatilidades" da posição do PSD quanto à privatização da TAP ou sublinhar que o ex-ministro das Infraestruturas e Habitação, Pedro Nuno Santos, "retirou as consequências políticas ao apresentar a sua demissão", Costa falou também da possibilidade de este caso acabar em tribunal. "Quer o chairman, quer a CEO da TAP também podem recorrer para tribunal. Têm esse direito. Faz parte do Estado de Direito. O Governo agiu de acordo com o que é a fundamentação resultante do relatório da IGF que é absolutamente claro em relação a este caso", atirou.

[Notícia atualizada às 19h34]

Leia Também: Novo CEO da TAP? Governo açoriano "não tinha de concordar" e compreendeu

Recomendados para si

;
Campo obrigatório