"Nós não aceitamos que o país ande para trás e que, infelizmente, sejamos confrontados com notícias do aumento da mortalidade infantil", afirmou Paulo Raimundo, que discursava num comício em Alpiarça, no distrito de Santarém.
Segundo o secretário-geral do PCP, a notícia do aumento da mortalidade infantil em Portugal demosntra o "regredir anos e anos e anos na qualidade de vida, nos direitos das crianças, nos direitos dos pais".
O líder comunista vincou que é precisamente na saúde e no Serviço Nacional de Saúde que "o país não pode mesmo andar para trás".
"Não aceitamos que o país ande para trás. É preciso travar isto e é preciso pôr o país a andar para a frente", disse, reivindicando para a CDU a força que "sente e vive as dificuldades tal como elas são, porque também são as suas".
De acordo com o jornal Correio da Manhã, a taxa de mortalidade infantil em Portugal subiu 20% em 2024, num ano marcado por vários serviços de urgências de ginecologia e obstetrícia encerrados.
Discursando no concelho que deu o melhor resultado à CDU no distrito nas legislativas de 2024 (cerca de 16%), Paulo Raimundo deixou um desafio para aqueles que acusam os comunistas de quererem "aumentar os salários por decreto".
"Que cada um deles, debaixo da sua boa vida, talvez do seu excelente automóvel e da sua cadeira fofinha, que se levante dela e que vá lá à porta das Carnes Nobre, que vá lá à porta da Sumol +Compal, que vá lá à porta da Rodoviária do Tejo [empresas com atividade no distrito]. Vão lá às empresas perguntar qual é o número do decreto onde está escrito que o caminho é explorar, concentrar a riqueza nas mãos de uns poucos e apertar os salários e a vida dos trabalhadores", questionou.
Já antes, Paulo Raimundo tinha deixado um desafio aos reformados, depois de afirmar que a única coisa que o Governo "produz bem é propaganda", voltando a acusar o executivo liderado por Luís Montenegro de mentir ao dizer que os pensionistas têm direito aos medicamentos gratuitos.
"Fica um desafio a todos aqueles reformados que, estando reformados, não têm direito aos medicamentos gratuitos. Votem na CDU, que isso tem dois efeitos imediatos. O primeiro é que, ao fazê-lo, estão a dar força à nossa proposta de gratuitidade para todos os reformados de todos os medicamentos. E o segundo é dar uma lição à mentira, à ilusão e à propaganda", afirmou.
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