Nuno Melo falava antes do líder social-democrata, Luís Montenegro, no comício da AD -- coligação PSD/CDS em Vila Real, em que começou por defender a ideia de que "a democracia e a liberdade não são dados adquiridos".
Antes, porém, recuou operação do 25 de Novembro do 1975 para homenagear o militar Jaime Neves.
"Esta terra viu nascer quem foi determinante para a vitória da democracia e da liberdade em Portugal. Quero dizer-lhes 50 anos depois que, nesta AD, a nossa luta continua a ser, cada vez mais, pela democracia e pela liberdade", declarou.
Tal como em anteriores intervenções nesta campanha eleitoral, Nuno Melo, ministro da Defesa, defendeu a tese de que a disputa política em Portugal "já não é entre direita e esquerda, mas entre a moderação e o extremismo". Só que, desta vez, além de associar a esquerda política ao PS de Pedro Nuno Santos, "o mais extremado de sempre", juntou também o Chega.
"O Chega é um partido que só destrói e divide manipulando e usando o ódio -- o que em política considero absolutamente imperdoável para um país que se quer solidário, unido e a progredir", afirmou Nuno Melo.
Ainda segundo o líder democrata-cristão, o Chega "é um partido que se diz de direita, mas que durante 11 meses foi o primeiro e mais importante aliado do PS".
"É um partido que se diz de direita, mas que em 15 meses fez cair três governos de centro-direita em Portugal, o que só foi possível porque o fez de mão dada com toda a esquerda", acrescentou, aqui numa alusão ao derrube dos governos da República, dos Açores e da Madeira.
Mas Nuno Melo foi ainda mais longe no seu ataque ao partido de André Ventura: "Devo dizê-lo com todas as letras, é um partido que espalha cartazes absolutamente miseráveis por Portugal inteiro difamando pessoas, difamando adversários políticos".
Leia Também: "Quem é que quer governar um país na base da desesperança?"