Dois é bom, três é demais? AD de "dois partidos" e... a proposta à IL

Uma semana antes das eleições, os liberais revelaram que foram desafiados pela liderança do PSD para uma coligação pré-eleitoral - que Luís Montenegro recusou confirmar. Classificando a situação como "mexericos políticos", uma coisa garantiu: o PSD não está com problemas com o CDS.

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© Horacio Villalobos#Corbis/Corbis via Getty Images

Notícias ao Minuto com Lusa
12/05/2025 20:52 ‧ há 3 horas por Notícias ao Minuto com Lusa

Política

Legislativas

À medida que a ida às urnas se vai aproximando, e as sondagens indicam que será a AD a ganhar, também surge a possibilidade de um outro partido se juntar.

 

Mas se a hipótese de uma coligação pré-eleitoral poderia mexer com a Direita - e o país -, nem todos desse lado do espetro político parecem felizes com a possibilidade.

O que está em causa?

A relação entre AD e Iniciativa Liberal (IL) foi tema nos últimos dias, marcados também pelas declarações do presidente do CDS-PP, Nuno Melo, que tem repetido que a coligação é apenas "entre dois partidos".

No domingo, no entanto, o presidente da IL, Rui Rocha, revelou que foi desafiado pela "direção e lideranças" do Partido Social Democrata (PSD) para uma coligação pré-eleitoral, mas não quis ser um "partido apêndice".

Já esta segunda-feira, o presidente do PSD, Luís Montenegro, foi questionado sobre a situação, mas optou por não responder, recusando confirmar ou comentar as palavras de Rui Rocha. Montenegro qualificou ainda o assunto como "mexericos políticos", e negou ainda que haja problemas com o CDS, partido que, com o PSD, faz dupla na coligação AD: "Nada disso", garantiu.

Campanhas cruzadas em Espinho com relação AD/IL em foco

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As caravanas do PS e da AD cruzaram-se hoje em Espinho, onde o atual primeiro-ministro e presidente do PSD, Luís Montenegro, recusou confirmar conversas com a IL para uma eventual aliança pré-eleitoral nestas legislativas.

Lusa | 18:20 - 12/05/2025

Que se seguiu?

Com Montenegro a não confirmar que fez a proposta aos liberais, ainda em Espinho, também Rui Rocha foi depois confrontado sobre o assunto, em Faro.

O líder da IL assinalou que Montenegro não desmentiu conversas do PSD com a IL e reiterou que "essa insistência aconteceu" e "não se trata de mexericos". Quanto a quem o contactou, respondeu que foram "as lideranças do PSD".

"Eu, sobre a questão dos mexericos, quero dizer que não se trata disso. Trata-se de ser transparente com os portugueses e de enquadrar os portugueses no contexto de declarações que foram feitas por responsáveis da AD. Não me parece que isso sejam mexericos", retorquiu Rocha.

Coligação pré-eleitoral? Rui Rocha recusa ter entrado em

Coligação pré-eleitoral? Rui Rocha recusa ter entrado em "mexericos"

O líder da IL recusou hoje ter entrado em mexericos quando disse que as lideranças do PSD o tinham desafiado para uma coligação pré-eleitoral, considerando que está a ser transparente, e afirmou que Luís Montenegro não o pode desmentir.

Lusa | 17:33 - 12/05/2025

E o CDS?

Questionado sobre porque é que pensa que Luís Montenegro não quis confirmar essas conversações, Rui Rocha reconheceu que as revelações que fez podem ter gerado "algum desconforto", mas frisou que decidiu fazê-las devido a declarações feitas por "responsáveis da AD" - numa referência ao presidente do CDS-PP, Nuno Melo, que disse que a coligação do seu partido "é com o PSD, não é com mais ninguém".

"Eu tenho de ser transparente com os portugueses, tenho de dizer que essa insistência aconteceu e que a IL, precisamente porque quer mudar o país, insistiu pela sua parte, e eu próprio na liderança da IL, que era absolutamente impossível fazer outra coisa que não fosse apresentar as nossas ideias ao país, desafiar o país para a mudança", afirmou.

O líder dos liberais notou, no entanto, que a IL "não é um partido de protesto" nem "uma solução de Governo para fazer igual ao que a AD fez", que foi "absolutamente insuficiente".

"Nós não existimos para passar certificados de bom comportamento à AD. Nós existimos para modificar o comportamento da AD", sublinhou.

Recorde-se que as eleições legislativas antecipadas ocorrem no próximo domingo, dia 18. 

Concorrem 21 forças políticas: AD (PSD/CDS-PP), PS, Chega, IL, BE, CDU (PCP/PEV), Livre, PAN, ADN, RIR, JPP, PCTP/MRPP, Nova Direita, Volt Portugal, Ergue-te, Nós, Cidadãos!, PPM, PLS e, com listas apenas numa ou nas duas regiões autónomas, MPT, PTP e PSD/CDS/PPM.

Leia Também: Coligação pré-eleitoral? Rui Rocha recusa ter entrado em "mexericos"

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