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JMJ? "Vai haver uma redução de custos significativa" nos dois palcos

A realização da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) em Lisboa, em agosto, tem estado envolta em polémica devido aos custos do evento - estimados em, pelo menos, 155 milhões de euros.

JMJ? "Vai haver uma redução de custos significativa" nos dois palcos
Notícias ao Minuto

21:59 - 05/02/23 por Daniela Carrilho com Lusa

Política Marques Mendes

Luís Marques Mendes fez, este domingo, revelações sobre os dois altar-palco que vão ser construídos em Lisboa para que a cidade receba a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), em agosto. De acordo com o comentador, tanto o palco principal, no Parque Tejo, como o palco no Parque Eduardo VII vão ter "uma redução de custos significativa".

No seu habitual espaço de comentário, na SIC, o antigo líder do Partido Social Democrata (PSD) começou por explicar que "não houve entendimento entre as partes" para que as celebrações se realizassem num único palco, mas que tudo se "vai decidir na próxima semana".

"Então o que é que vai acontecer? Vai haver uma redução de custos nos dois palcos. O palco do Parque Eduardo VII, com custos estimados em cerca de dois milhões de euros, vai ter uma redução muito, muito significativa, provavelmente superior a um milhão de euros", referiu Marques Mendes.

Por sua vez, o altar-palco no Trancão, "o que está no centro da polémica", também vai ter uma "redução de custos significativa". Neste espaço, vão estar presentes "apenas os bispos", não contando com a presença de "responsáveis políticos".

"São na mesma os dois palcos, [mas] com um preço mais barato", rematou o comentador.

A polémica (e as estimativas dos custos)

Recorde-se que a realização da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) em Lisboa, em agosto, tem estado envolta em polémica devido aos custos do evento. Segundo as estimativas mais recentes da Igreja Católica, do Governo e dos municípios de Lisboa e Loures, o evento irá custar pelo menos 155 milhões de euros.

A maior fatia do investimento municipal (21,5 milhões de euros) destina-se, de acordo com o que se conhece até ao momento, ao Parque Urbano Tejo-Trancão. Nesta parcela de terreno destacam-se a reabilitação do aterro sanitário de Beirolas (7,1 milhões), a montagem de um altar-palco (4,24 milhões, sem IVA e sem incluir as fundações), a construção de uma ponte pedonal sobre o rio Trancão (4,2 milhões) e de infraestruturas e equipamentos de saneamento, abastecimento de água e eletricidade (3,3 milhões).

Em outubro, recorde-se, o Conselho de Ministros aprovou um reforço do seu investimento que, segundo fonte do gabinete da ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares, Ana Catarina Mendes, elevou para 36,5 milhões de euros os gastos do Governo, sem incluir custos com segurança, mobilidade, saúde, entre outras, uma vez que as inscrições para o evento não estavam ainda abertas.

Segundo o comunicado divulgado, os compromissos poderão ir "até aos 21,8 milhões de euros" (incluindo a aquisição de torres multimédia, instalações sanitárias, transmissão televisiva, abastecimento de água, ponte militar, promoção do país no estrangeiro, centro de comando e segurança, centro de apoio à imprensa nacional e internacional), aos quais se somam 8,2 milhões de um contrato "adjudicado pela Infraestruturas de Portugal para a deslocação do terminal de contentores", no âmbito da requalificação da zona ribeirinha da Bobadela.

Os custos da JMJ têm estado em destaque depois de ser conhecido que a construção do altar-palco do espaço do Parque Tejo (com nove metros de altura e capacidade para 2.000 pessoas), a cargo do município da capital, foi adjudicada à Mota-Engil por 4,24 milhões de euros (mais IVA), somando-se a esse valor 1,06 milhões de euros para as fundações indiretas da cobertura.

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