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PCP alerta que não se deve menorizar casos de abuso sexual na Igreja

O PCP alertou hoje que o número de casos de abusos sexuais de menores na Igreja Católica é "uma questão muito sensível" que "não deve ser menorizada" e exortou para que se apurem todas as consequências.

PCP alerta que não se deve menorizar casos de abuso sexual na Igreja
Notícias ao Minuto

21:22 - 11/10/22 por Lusa

Política Abusos na Igreja

"Esta é uma questão [os abusos sexuais de menores] muito sensível, que merece preocupação, não deve ser menorizada e cujo apuramento deve prosseguir com as consequências devidas", sustentou o PCP numa declaração enviada à Lusa, aludindo às declarações do Presidente da República durante a tarde de hoje.

Marcelo Rebelo de Sousa afirmou hoje não estar surpreendido com as 424 queixas de abusos sexuais contra crianças na Igreja Católica e considerou que não é um número "particularmente elevado" comparado com "milhares de casos" noutros países.

Estas palavras do Presidente da República motivaram uma onda de críticas nas redes sociais, em particular de dirigentes partidários.

No Twitter, o líder parlamentar do BE, Pedro Filipe Soares, considerou as "miseráveis" as declarações do chefe de Estado e "um insulto às mais de 400 vítimas", defendendo que não esteve "à altura" do cargo.

Já a Iniciativa Liberal, através da sua página oficial, lamentou "profundamente o comportamento do Presidente da República no caso dos abusos sexuais de menores no seio da Igreja".

Também o presidente do Chega, André Ventura, considerou "infelizes" as declarações do chefe de Estado na mesma rede social, porque uma só vítima "já seria muito grave".

A deputada do PS Isabel Moreira também apelidou de "inaceitável" esta posição de Marcelo Rebelo de Sousa.

A porta-voz do PAN considerou que apenas um caso de abuso sexual seria "muito grave e repudiável, quando mais 400", enquanto o deputado único do Livre, Rui Tavares, pediu a Marcelo Rebelo de Sousa que "imagine todo o sofrimento e coragem que foi preciso para que 400 pessoas partilhassem as histórias de abusos que guardaram durante anos" e o Presidente pode ter "por consequência menorizar esse sofrimento".

Ao início da noite, numa nota divulgada na página da Presidência da República na internet, o chefe de Estado afirmou hoje que o número de casos de abusos de menores validado pela Comissão Independente "não parece particularmente elevado face à provável triste realidade", admitindo números "muito superiores" no país.

O Presidente da República disse esperar que os casos "possam ser rapidamente traduzidos em Justiça".

Leia Também: Após críticas, Marcelo justifica-se. Relatos sugerem "números superiores"

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