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Oposição nega obstaculizar trabalho de Moedas e acusa-o de vitimização

Os vereadores da oposição na Câmara Municipal de Lisboa negaram hoje estar a obstaculizar o trabalho do presidente da autarquia, Carlos Moedas, e acusaram o autarca social-democrata de adotar uma estratégia de vitimização.

Oposição nega obstaculizar trabalho de Moedas e acusa-o de vitimização
Notícias ao Minuto

22:16 - 03/10/22 por Lusa

Política Câmara Municipal de Lisboa

As acusações foram feitas durante o feita durante o Período Antes da Ordem do Dia (PAOD) da reunião pública da Câmara de Lisboa, tendo sido os eleitos do PS a tecer as maiores críticas.

Em jeito de balanço ao primeiro ano de mandato de Carlos Moedas na presidência da Câmara Municipal de Lisboa, a vereadora socialista Inês Drummond acusou o social-democrata de implementar "medidas avulso e incoerentes".

"Demos [PS] tempo e decorrido um ano ainda não conhecemos a sua visão para a cidade. Contou com o PS para encontrar equilíbrios. Foi assim no orçamento", afirmou a vereadora socialista, negando que tenham sido colocados "entraves".

Ines Drummond acusou Carlos Moedas de se vitimizar e apontou falhadas na governação, nomeadamente nas questões ligadas à habitação e à higiene urbana.

Em resposta, o autarca social-democrata acusou o PS de fazer demagogia e negou ter tido apoio dos socialistas.

"A senhora vereadora disse que contamos com o PS. Se o contou foi aquilo que vivi, eu imagino o que seria se não contasse. Contei com o PS mas pouco. Só não bloquearam o que não puderam", contra-argumentou o autarca.

Relativamente às críticas feitas em relação à higiene urbana e aos problemas com o lixo, Carlos Moedas ressalvou que esse problema "já tem muitos anos" e que o PSD espera resolvê-lo.

"Há um problema na higiene urbana, mas esse problema foi herdado e vamos resolvê-lo. Espero resolvê-lo com a vossa ajuda", instou.

Já a vereadora do Bloco de Esquerda, Beatriz Gomes Dias, e eleita independente (Coligação Mais Lisboa), Paula Marques, acusaram Carlos Moedas de colocar entraves às propostas que a oposição pretende ver discutidas nas reuniões de Câmara.

Por sua vez, o vereador do PCP João Ferreira referiu-se à questão da higiene urbana para dar razão a Carlos Moedas, corroborando que o problema do lixo já vem de outros mandatos, mas ressalvando que "piorou nos últimos anos".

Num encontro em julho com o Sindicato dos Trabalhadores do Município de Lisboa (STML), o Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local (STAL) e o Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública (SINTAP), Carlos Moedas disse terem sido pagos 18 milhões de euros às juntas de freguesia, a quem cabe a limpeza das ruas e ao redor de eco-ilhas.

O autarca afirmou, então, que o problema de higiene urbana "vem de muito trás, não é um problema que esteja a ser criado hoje" ou que é deste presidente da Câmara.

Na altura, Vítor Reis, do STML, concordou que os problemas da higiene urbana em Lisboa não são de hoje e pioraram com a passagem de competências da câmara para as juntas de freguesia, em 2014.

Contudo, acrescentou, com o fim da pandemia e o regresso do turismo, o problema agudizou-se.

No atual mandato (2021-2025), o executivo é composto por sete eleitos pela coligação "Novos Tempos" (três do PSD, dois do CDS-PP e duas independentes), que são os únicos com pelouros atribuídos, sete pela coligação "Mais Lisboa" (cinco do PS, um do Livre e uma independente), dois da coligação PCP/PEV (ambos do PCP) e uma do BE.

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