PAN/Açores quer o fim das práticas taurinas na região
O PAN/Açores entregou hoje na Assembleia Regional uma iniciativa legislativa que pretende pôr termo às touradas à corda e de praça no arquipélago e a reconversão das praças de touros existentes na região em equipamentos culturais ou desportivos.
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Política Touradas
Numa nota de imprensa, o partido salienta que os eventos tauromáquicos "têm progressivamente" sido alvo de "repúdio da sociedade civil e da comunidade internacional".
O PAN/Açores assinala que aquela prática tem "sido proibida" em vários países, "subsistindo apenas em Portugal, Espanha, França, México, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela, muito por conta dos apoios autárquicos e governamentais".
Por outro lado, acrescenta, "mesmo nos países com tradição taurina, assistimos ao desvincular da sociedade civil que já não se identifica ou aceita as práticas de maus-tratos subjacentes às touradas".
"No México temos assistido ao cancelamento de touradas e encerramento de praças de touros por via judicial. Na Colômbia está em curso um projeto-lei para a abolição das touradas, por infligirem um sofrimento desnecessário, um tratamento cruel e uma morte injustificada", refere o partido.
A iniciativa legislativa do PAN/Açores, entregue na Assembleia Legislativa Regional, pretende "abolir quaisquer práticas taurinas na região".
O partido propõe a extinção de "todos os espetáculos tauromáquicos, como as vacadas, as touradas de praça e touradas à corda que ainda ocorrem em três das nove ilhas dos Açores, ainda que com maior frequência na ilha Terceira".
Na iniciativa legislativa o partido prevê a possibilidade de reconversão das praças de touros existentes na região em equipamentos multiusos para "fins verdadeiramente culturais ou desportivos".
O PAN propõe ainda a criação de medida de incentivo à inserção no mercado de trabalho e fomento ao emprego dos trabalhadores que se dediquem, em regime de exclusividade às touradas.
Citado na nota de imprensa, o deputado do PAN/Açores, Pedro Neves, considera que "é o momento de darmos este passo civilizacional nos Açores".
"O direito ao entretenimento não se pode sobrepor, em circunstância alguma, ao direito do bem-estar e proteção dos animais", afirma o deputado único do PAN no parlamento açoriano.
Pedro Neves sustenta ainda que "para o PAN não existe meio-termo no bem-estar animal" e defende que "a classe política tem de assumir a coragem perante uma sociedade que já demanda há muito tempo por medidas mais robustas em relação à proteção animal".
A representação parlamentar do PAN lembra que já apresentou nesta legislatura um conjunto de iniciativas que pretendem "pôr termo às circunstâncias e à aplicação de técnicas que provoquem sofrimento aos animais, empenhando-se por ver reforçadas as medidas de proteção e bem-estar animal".
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