"O Chega exorta o Governo a consensualizar o nome do próximo 'chairman' do Novo Banco com o Parlamento e não de forma autocrática, como forma de garantia e salvaguarda de independência", lê-se num comunicado do grupo parlamentar do Chega.
Segundo o partido, o próximo presidente deverá ter "uma personalidade cuja idoneidade seja inquestionável e tenha a plena capacidade de ser imune a pressões políticas ou institucionais de qualquer tipo".
"É importante que se inicie um novo ciclo no Novo Banco, com uma estratégia e um rosto de competência que permita o crescimento sustentado do banco e reduza a dependência crónica de recursos públicos e dinheiro dos contribuintes", frisa o Chega.
No que se refere ao fim da liderança de António Ramalho, o partido vê nessa saída um "dado positivo".
António Ramalho vai sair da presidência executiva do Novo Banco em agosto, anunciou, na quinta-feira, a instituição financeira em comunicado ao mercado.
De acordo com o banco, António Ramalho comunicou "ao Conselho Geral e de Supervisão a sua intenção de deixar as funções executivas que atualmente desempenha em agosto e apoiar o processo de transição para o seu sucessor".
Ainda segundo o comunicado, "António Ramalho acredita ser este o momento certo para anunciar o seu desejo de deixar o cargo que assumiu há cerca de seis anos", após tornar o banco rentável, fazer a 'limpeza' de balanço, concluir o plano de reestruturação acordado com a Comissão Europeia, lançar uma nova marca, novo modelo de negócio, entre outros, considerando que agora é "o momento para passar a pasta a um novo presidente executivo que lidere o banco no futuro".
Citado em comunicado, o presidente do Conselho Geral e de Supervisão, Byron Haynes, disse fazer questão de "agradecer a António Ramalho a sua liderança ímpar, a sua dedicação e o seu contributo para garantir a viabilidade de longo-prazo" do banco.
Por seu lado, António Ramalho afirmou, citado no mesmo comunicado, que foi um "privilégio" ter tido a "possibilidade de liderar uma vasta equipa num processo único e irrepetível, numa conjuntura adversa e em cujo sucesso poucos acreditavam, preservando um banco sistémico, milhares de postos de trabalho e um incontável número de empresas, e dessa forma o normal funcionamento da economia portuguesa".
Leia Também: Centeno tem "convicção grande" de que nova injeção "não se justifica"