A caravana do CDS rumou a Aveiro, onde o presidente e candidatos, entre os quais o cabeça de lista e presidente do congresso, Martim Borges de Freitas, fizeram um passeio de moliceiro na ria.

"O CDS é um partido forte" em Aveiro, distrito onde estão três das seis câmaras municipais que o partido lidera, afirmou Francisco Rodrigues dos Santos antes de embarcar.

Por isso, o presidente do CDS-PP espera que no domingo o partido possa "ter novamente um bom resultado" neste círculo que apelidou de "a capital do CDS".

O líder centrista quis apelar também aos eleitores da região que "faz mais sentido eleger o primeiro [candidato a deputado da lista] do CDS ou o segundo do CDS, do que propriamente o quinto do PS ou o sexto do PSD", sustentando que "as primeiras linhas do CDS sempre foram confiáveis, defenderam os setores produtivos deste distrito, as suas tradições, a liberdade" das pessoas.

"A Iniciativa Liberal teve aqui em listas autárquicas cerca de 1% dos votos, o Chega 0,7%", apontou, contrapondo que o CDS-PP é um partido que está "bem estruturado no distrito de Aveiro".

Questionado se prefere a ria ao rio, o presidente do CDS-PP respondeu que escolhe "uma ria que permita o CDS navegar tranquilamente e pela direita até ao governo de Portugal".

Rodrigues dos Santos salientou ainda que tem sentido "um caloroso apoio dos portugueses" desde que começou a campanha para as eleições legislativas de domingo.

"E há uma coisa que ninguém pode substituir, nem mesmo os comentadores e os fabricantes de sondagens, é o voto popular. E eu creio que estou em crescendo nesta campanha, embalado e apoiado com os portugueses", defendeu, mostrando-se convicto de que "o CDS vai afirmar-se uma vez mais em urnas e vai conseguir ter um bom resultado eleitoral".

Nas anteriores eleições legislativas, de 2019, o CDS-PP elegeu um deputado pelo distrito de Aveiro, João Almeida, e foi a quarta força mais votada, com 5,69% (20.045 votos).

Quando chegou a Aveiro, Francisco Rodrigues dos Santos foi interpelado por dois lesados do BES que estavam à sua espera, e que lamentaram a falta de solução para as suas perdas.

"Francisco, pense nos lesados, na causa dos lesados que é bastante importante. Somos 10 mil, é muita gente", pediu Jorge Novo.

Em declarações aos jornalistas, o presidente do CDS-PP disse que está disponível para ouvir "toda a gente" e disse partilhar a indignação destas pessoas.

E criticou que os lesados, "ao mesmo tempo que esperam ver a sua situação reparada, veem os responsáveis que os enganaram, vigarizaram e os deixaram na miséria a passear-se pelo mundo, a fazer grandes ostentações de riqueza e a fugirem à justiça de forma verdadeiramente vergonhosa".

"Nós vamos continuar a velar por aqueles que ambicionam uma solução para o problema, que não encontrou uma solução à vista", afirmou Rodrigues dos Santos, ressalvando que "nunca" prometeu "nada a esta gente".

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