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Lobo Xavier diz que CDS está "cercado" mas "vai resistir"

O antigo líder parlamentar do CDS-PP António Lobo Xavier fez hoje um paralelo entre a situação atual e o cerco ao congresso do Palácio de Cristal, considerando que o partido "está hoje também cercado" pela concorrência à direita.

Lobo Xavier diz que CDS está "cercado" mas "vai resistir"
Notícias ao Minuto

23:56 - 25/01/22 por Lusa

Política Legislativas

Numa mensagem em vídeo transmitida na sessão em que o CDS assinalou o 47.º aniversário do cerco ao primeiro congresso do partido, na Biblioteca Almeida Garrett, junto ao Palácio de Cristal, no Porto, António Lobo Xavier considerou que, "por incrível que pareça, existem "alguns pontos de contacto entre a situação do CDS nessa altura e a situação do CDS agora".

"O CDS está hoje também cercado. Não por essa esquerda que entretanto foi branqueada e a sua história trágica por todo o mundo, e aqui em Portugal, parece que desapareceu da cabeça das pessoas e da memória dos portugueses, mas cercado por dificuldades que resultam do facto de haver vários projetos que podem confundir o eleitorado, sobretudo à direita do PS", apontou.

O ex-dirigente centrista referiu que "à sua direita tem um partido não democrático que despreza a democracia e os valores fundamentais da civilização, ao seu lado tem a Iniciativa Liberal, que tem boas ideias para a economia mas não sabe o que fazer à pobreza e à fragilidade do país e despreza ou desconhece os valores conservadores".

Já o CDS, "mantém-se igual ao tempo do Palácio de Cristal, democrata-cristão, defensor dos valores, da família, dos valores da vida, defensor da iniciativa e do progresso e atento à justiça social" e "pode comparar-se bem com todos esses projetos", defendeu.

"Faz falta a nossa convicção e o nosso empenho, percebermos as coisas fundamentais e irmos lutar", afirmou António Lobo Xavier.

"Mas então como hoje o CDS está cercado, e então como hoje eu tenho a certeza que vai resistir", salientou, sustentando que o "projeto de sociedade" dos centristas "não caducou".

Esta sessão contou também com a participação do presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira, que agradeceu no seu discurso o apoio do CDS nas três vezes que se candidatou à liderança daquela autarquia.

E afirmou que esta última, nas autárquicas do ano passado, "foi uma vez difícil porque recaíam" sobre si "suspeitas e calúnias complicadas, que felizmente se resolveram na passada sexta-feira", referindo-se ao facto de ter sido absolvido no processo Selminho, no qual estava acusado de prevaricação por favorecer a imobiliária da família, de que era sócio, em detrimento do município portuense.

O autarca considerou também que o cerco do Porto, onde "provavelmente estaria" se não estudasse em Inglaterra em 1975, foi uma "página vergonhosa para a cidade por aquilo que na altura se passou, mas ao mesmo tempo é uma página gloriosa".

"Houve os que ficaram dentro e ganharam e os que ficaram fora e perderam, e têm perdido sucessivamente, mas alguns deles ainda não se esqueceram que perderam", disse.

E advogou que "são eles que têm a vergonha sempre de se lembrar deste dia e de celebrar o 25 de Novembro, são eles os que põem a pele de cordeiro e agora até um ar de pastorinha de Fátima, são sempre os mesmos".

"Mas não se esqueçam que se eles pudessem, se nós deixássemos, agora, a esta hora, eles estavam ali fora a não nos deixar sair", alertou Rui Moreira.

E, por isso, "é importante continuar a lutar" pelo "valor da livre escolha e o valor da democracia", defendeu o presidente da Câmara do Porto.

Rui Moreira desejou ainda "muito bons resultados" ao CDS no domingo.

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