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PAN diz que saída de ministro da Administração Interna "peca por tardia"

A porta-voz do PAN considerou hoje que a demissão do ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, "peca por tardia" e lamentou que "só seja assumida para não prejudicar o Governo no ato eleitoral" de 30 de janeiro.

PAN diz que saída de ministro da Administração Interna "peca por tardia"
Notícias ao Minuto

19:37 - 03/12/21 por Lusa

Política Cabrita/Demissão

uma demissão que peca por tardia. E mais, lamentamos profundamente que só seja assumida para não prejudicar o Governo no ato eleitoral [legislativas de 30 de janeiro]", defendeu Inês Sousa Real, numa mensagem em vídeo enviada à imprensa, em reação à demissão de Eduardo Cabrita na sequência da acusação de homicídio por negligência do Ministério Público ao seu motorista pelo atropelamento mortal de um trabalhador da autoestrada A6, em junho deste ano.

A líder do PAN disse ainda esperar que o primeiro-ministro, António Costa, "assuma outro tipo de responsabilidades políticas", deixando "claro que todos os membros do Governo devem pugnar pela responsabilidade no exercício das suas funções, nomeadamente neste tipo de circunstâncias".

"Teremos em breve eleições e é importante que este escrutínio, que a escolha dos membros do Governo para um futuro, se paute por outro tipo de responsabilização que até aqui não vimos por parte de alguns governantes de António Costa", rematou.

Apontando que toda a gente sabe que "podem ocorrer acidentes" e que "erros são lamentáveis", Inês Sousa Real ressalvou que "o excesso de velocidade , ainda para mais num carro de um membro do Estado, um membro do Governo, é absolutamente inaceitável, não existindo qualquer tipo de marcha de urgência do ponto de vista legal e caberia a Eduardo Cabrita garantir e pugnar pelo cumprimento do respeito da legalidade, nomeadamente não existindo excesso de velocidade".

"Alegar que é apenas um passageiro parece-nos que é uma forma de desresponsabilização do ponto de vista até legal profundamente incompreensível, a responsabilidade não pode sobrar para o elo mais fraco que é o trabalhador e, portanto, achamos que esta demissão para além de tardia é manifestamente insuficiente para aquela que deve ser a conduta de um membro do Governo", sustentou.

Inês Sousa Real lembrou ainda que o mandato de Eduardo Cabrita foi marcado por "por vários processos mal conduzidos", referindo-se ao caso das "golas de incêndio" ou à morte de Ihor Humenyuk (cidadão ucraniano assassinado nas instalações do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras no aeroporto de Lisboa).

Eduardo Cabrita pediu hoje a demissão do cargo de ministro de Administração Interna, depois de o Ministério Público ter acusado o seu motorista de homicídio por negligência pelo atropelamento mortal de um trabalhador da autoestrada A6, em junho deste ano.

Numa declaração aos jornalistas, o ministro disse que "mais do que ninguém" lamenta "essa trágica perda irreparável" e recusou que o Governo, o primeiro-ministro, António Costa, e o PS sejam penalizados pelo "aproveitamento político absolutamente intolerável" com o caso.

Pouco tempo depois, António Costa confirmou a demissão de Eduardo Cabrita e anunciou que "nos próximos dias" indicará o nome do sucessor.

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