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Aumento do Salário Mínimo? "Trabalhadores caem numa verdadeira armadilha"

Para Manuela Ferreira Leite, os portugueses têm o Salário Mínimo aumentado "à custa deles próprios". "O Salário Mínimo ser a ou b, x ou y, não é uma incapacidade de trabalho. É um trabalho mal remunerado. Mas não é para aqui chamada a Segurança Social", versou.

Aumento do Salário Mínimo? "Trabalhadores caem numa verdadeira armadilha"
Notícias ao Minuto

07:45 - 19/11/21 por Notícias ao Minuto

Política Manuela Ferreira Leite

O aumento do Salário Mínimo - de 40 euros - foi um dos temas sobre os quais Manuela Ferreira Leite versou, no seu espaço habitual das quintas-feiras na TVI24. Para a comentadora, "há sempre empresas que não conseguem pagar" essa subida. "Como é que há um Governo que estabelece um Salário Mínimo Nacional e, depois, quando as empresas dizem que não podem pagar, compreende que isso assim seja e vai estudar o assunto?", questionou. 

Segundo a ex-ministra das Finanças, a solução "é sempre a mesma". "As empresas não podem pagar e o Governo tem um instrumento na mão para ajudar as empresas e que é baixar-lhes os impostos e outros tipos de encargos [...] A solução que traz é sempre ir buscar dinheiro à Segurança Social, que é exclusivamente pertencente às pessoas que para lá descontam", explicou. 

Assim, os trabalhadores têm o Salário Mínimo aumentado "à custa deles próprios". "Caem numa verdadeira armadilha", frisou a social-democrata. 

E porque é que é tão grave ir à Segurança Social para resolver este problema? Na ótica da antiga líder do PSD, a questão prende-se com o facto de o "sistema da Segurança Social - que tem dinheiro à custa dos descontos obrigatórios que são feitos pelos trabalhadores e pelas entidades patronais - ser destinado exclusivamente a resolver e a ajudar e a proteger os trabalhadores em caso de incapacidade de trabalho", ou seja, reformas, desemprego ou doença. 

"O Salário Mínimo ser a ou b, x ou y, não é uma incapacidade de trabalho. É um trabalho mal remunerado. Mas não é para aqui chamada a Segurança Social", terminou Manuela Ferreira Leite. 

Recorde-se que o aumento do salário mínimo nacional de 665 euros para 705 euros em 2022 proposto pelo Governo na Concertação Social desagradou tanto às centrais sindicais como às confederações patronais, por motivos diferentes.

Em junho, segundo dados do Governo, havia cerca de 880 mil pessoas abrangidas pelo salário mínimo nacional, o equivalente a 24,6% dos trabalhadores por conta de outrem.  

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