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OE2022? "Existem divergências de opção política que não se alterarão"

Governo apresenta, esta quarta-feira, o documento de proposta para o Orçamento do Estado para 2022 aos partidos. CDS-PP apreensivo com carga fiscal e com crescimento este ano de 4,5%.

OE2022? "Existem divergências de opção política que não se alterarão"
Notícias ao Minuto

11:51 - 06/10/21 por Notícias ao Minuto

Política Telmo Correia

O Governo apresenta, esta quarta-feira, o documento de proposta do Orçamento do Estado para 2022 aos partidos e, no final do encontro, pelo CDS foi Telmo Correia quem falou aos jornalistas. Numa primeira perspetiva, "existem divergências de opção política que são conhecidas e que não se alterarão neste debate orçamental"

"Logo à partida, registámos que, mesmo considerando as circunstâncias da pandemia, as dificuldades, os dados que nos são fornecidos em relação ao cenário macroeconómico são abaixo daquilo que eram as expectativas inclusivamente do próprio Governo numa fase inicial", apontou o líder parlamentar centrista, destacando, em segundo lugar, que há "uma divergência de fundo entre aquilo que deve ser o motor e a recuperação do país e da nossa economia entre aquilo que é o público e o privado e que são as empresas". 

Telmo Correia fez questão de sublinhar que esta "é uma divergência que é conhecida da parte do CDS" e que "passa pelo Orçamento e passa também pelo PRR". "O Governo faz grande incidência e grande insistência no investimento público e estritamente neste e isso é uma divergência de fundo", vincou. 

Na reunião, o Governo falou ainda de propostas "interessantes" em relação à demografia, à natalidade e a incentivos nessa matéria, mas cujo "detalhe" ainda não foi revelado. "É algo que nos pode parecer interessante discutir, mas não conhecemos ainda o detalhe", ressalvou o líder parlamentar.

Ficou a "preocupação" da "proteção dos contribuintes e das famílias" e de "setores específicos dentro do setor público como o da Saúde, das forças de segurança", havendo, nestes pontos, "muita coisa por conhecer". 

"Governo prevê para este ano um crescimento do PIB de 4,5%"

Para falar sobre o cenário macroeconómico apresentado pelo Executivo, tomou a palavra Cecília Meireles que salientou "o crescimento do PIB". "O que o Governo prevê para este ano é um crescimento do PIB de 4,5%. O que estava previsto no Orçamento passado era 5,4%"

"O que consegui apreender daquilo que foi dito é que, este ano, o primeiro trimestre correu de tal maneira mal - devido à pandemia - que não vai ser possível, durante o resto do ano, recuperar aquilo que estava previsto no Orçamento", realçou a centrista. 

Para a deputada do CDS-PP, em suma, "era essencial que a economia portuguesa tivesse crescido mais este ano". "Eram necessários estímulos extra, que não passassem pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), mas pela aposta na iniciativa privada. Isto significa que não é o Estado a decidir, através das entidades públicas, onde põe o dinheiro", apontou.

O CDS, indicou, "procurou obter garantias que nenhum contribuinte iria pagar mais impostos, de que haveria um alívio generalizado do IRS e aquilo que sabemos é o que sabíamos antes de entrar". 

"Está a falar-se numa revisão de escalões do IRS, que pode significar para alguns - não se sabe quais - mais ou menos impostos. E a questão do englobamento também nos preocupa muito. O CDS-PP pediu esclarecimentos sobre o englobamento, pediu uma garantia ao Governo de quem ninguém paga mais impostos em 2022 do que em 2021, mas não obteve explicações cabais sobre o englobamento", acentuou.

Perante os jornalistas, Cecília Meireles defendeu "um alívio do IRS e também ao nível do IRC para aumentar a competitividade das empresas portuguesas". "Mas isso não está em cima da mesa", criticou.

[Notícia atualizada às 12h43]

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