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Candidato do BE ao Porto diz que Moreira deve explicação sobre Selminho

O cabeça de lista do BE à Câmara do Porto disse hoje que Rui Moreira deve "ainda" uma explicação sobre o caso Selminho, lembrando que foi o autarca que deu à família o direito de lucrar com os cofres municipais.

Candidato do BE ao Porto diz que Moreira deve explicação sobre Selminho
Notícias ao Minuto

19:41 - 19/09/21 por Lusa

Política Autárquicas

"Acusado e indiciado pelo crime de prevaricação pelo Ministério Público, Rui Moreira deve ainda uma explicação à cidade e aos eleitores. Era o momento para o fazer", defendeu Sérgio Aires num comício com candidatos autárquicos na Praça D. João I.

Para Sérgio Aires, o independente e atual presidente do município deve explicar à cidade porque assinou uma procuração para um acordo que em 2014, e pela primeira vez, numa contenda de décadas, deu à sua família o direito a uma indemnização no caso de não ser concedida, em sede de Plano Diretor Municipal, capacidade construtiva aos terrenos da Selminho.

"Felizmente a Justiça comprovou que o terreno era público. E não, não foi Rui Moreira que foi comprovar que o terreno era público e salvar o terreno para posse pública, como agora afirma [...]. Nada apaga e apagará a assinatura de Rui Moreira naquela procuração que pela primeira vez concedeu à sua família o direito de lucrar com os cofres municipais à conta de um terreno que nem era seu", afirmou.

No próximo dia 26, acrescentou, "os portuenses vão votar sem saber se daqui a uns meses, em 2022, Rui Moreira irá manter o seu mandato, sem saber as guerras e instabilidade em que cairão CDS e Iniciativa Liberal, apoiantes ferrenhos do atual presidente, nas lutas pela sucessão".

Citando o antigo líder do BE João Semedo, que em 2017, a propósito do caso Selminho, classificava como um caso "muito obscuro e negro" a recusa de Rui Moreira em esclarecer os contornos do negócio, Sérgio Aires reiterou que a campanha é o tempo de todos os esclarecimentos, como já havia defendido outrora João Semedo.

"E que tanta razão tinha e continua a ter [João Semedo], e que estranho e que cobarde que é o silêncio das outras forças políticas em relação a este assunto", disse.

Num comício que contou com a presença da coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, o candidato do partido à autarquia portuense voltou a criticar o modelo de "cidade de negócio" e acusou Moreira de não estar à altura da gestão da pandemia.

"A Câmara do Porto ficou na Liga dos Últimos na resposta à crise pandémica. Enquanto as pessoas se refugiavam nas suas casas e outros desesperavam pelo direito a um abrigo digno, a primeira medida de Rui Moreira foi não garantir o teto a quem precisava e apressar-se a suspender o regulamento do alojamento local, permitindo mais casas capturadas pelo negócio", observou.

Para Sérgio Aires, a gestão da crise pandémica foi também um espelho dos últimos oito anos, de uma governação "feita por muitas direitas que seguem um chefe" e que nada mais tem para oferecer do que um modelo que, "pelas suas opções de gentrificação", se transformou "num autêntico tsunami para os concelhos vizinhos".

"Um vereador do Bloco é mesmo a melhor garantia contra a arrogância e prepotência da maioria absoluta", disse.

Em 2017, o BE obteve, segundo os dados oficiais, 6.146 votos (5,34%) no Porto, ficando a 635 votos da CDU, que elegeu um vereador.

Concorrem à Câmara do Porto Rui Moreira (movimento independente "Rui Moreira: Aqui há Porto" -- apoiado por apoiado por IL, CDS, Nós Cidadãos, MAIS), Tiago Barbosa Ribeiro (PS), Vladimiro Feliz (PSD), Ilda Figueiredo (CDU), Sérgio Aires (BE), Bebiana Cunha (PAN), António Fonseca (Chega), Diogo Araújo Dantas (PPM), André Eira (Volt Portugal), Bruno Rebelo (Ergue-te) e Diamantino Raposinho (Livre).

Leia Também: Moreira reitera que nada ganhou com Selminho, opositores rejeitam tema

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