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PAN defende revisão dos escalões do IRS "do terceiro ao sexto escalão"

A porta-voz do PAN, Inês Sousa Real, pediu hoje ao Governo que seja "mais ambicioso" na revisão dos escalões do IRS e defendeu uma alteração "do terceiro ao sexto" para abranger um maior número de pessoas.

PAN defende revisão dos escalões do IRS "do terceiro ao sexto escalão"
Notícias ao Minuto

15:29 - 08/09/21 por Lusa

Política Inês Sousa Real

Num comentário ao anúncio do primeiro-ministro de que o Governo está a trabalhar para que no próximo Orçamento se introduzam desdobramentos nos escalões de IRS entre 10 e 20 mil euros e entre os 36 e 80 mil euros, a líder do PAN considerou que "é preciso ir mais além".

"Porque não basta rever o terceiro e o sexto escalão, a proposta do PAN vai no sentido de se rever do terceiro ao sexto escalão", adiantou, justificando que a medida proposta pelo Governo não abrange "a grande franja da população contributiva".

"Falarmos entre o terceiro e o sexto escalão estamos a falar de 54% da população que é tributada", acrescentou, pedindo "um efetivo alívio das famílias naquilo que é carga fiscal".

Para o partido Pessoas-Animais-Natureza, "é fundamental que se ajude a classe média, aliviando também do ponto de vista fiscal essa carga que neste momento está a ser imputada às famílias, e é fundamental que nesse sentido o Governo seja mais ambicioso".

Ao mesmo tempo, a porta-voz do PAN considerou serem necessárias também "outras medidas".

"Nós precisamos de ter uma rota de crescimento, quer do ordenado mínimo nacional, quer do ordenado médio porque não apenas pela via fiscal se consegue tornar mais eficaz a recuperação económica do país e mais resiliente o país", defendeu.

Em relação ao equilíbrio orçamental, Inês Sousa Real afirmou também que "o dinheiro existe, ele está a ser de facto é mal distribuído".

"Porque enquanto continuarmos a ter borlas fiscais à indústria poluente, nomeadamente as isenções sobre os produtos petrolíferos ou a não taxar por exemplo o carbono na atividade pecuária é dinheiro que não está a reverter para o alívio fiscal das famílias", sustentou.

Inês Sousa Real falava à Lusa à margem de uma ação em Lisboa com a candidata do PAN à Câmara de Lisboa, Manuela Gonzaga, no âmbito das eleições autárquicas de 26 de setembro.

Na segunda-feira à noite, em entrevista à TVI, o primeiro-ministro afirmou que o Governo está a trabalhar para que no próximo Orçamento se introduzam desdobramentos nos escalões de IRS entre 10 e 20 mil euros e entre os 36 e 80 mil euros.

Neste ponto, António Costa defendeu que a prioridade vai ser no sentido de serem introduzidas mudanças em dois escalões de rendimentos do IRS: o terceiro e o sexto.

"No terceiro escalão, que cobre rendimentos entre os 10 mil e os 20 mil euros, temos uma enorme diferença. Depois, há o sexto escalão, entre os 36 mil euros e os 80 mil euros, onde há uma diferença gigantesca", apontou.

Ao longo desta semana o PAN está a ter reuniões setoriais com o Governo no âmbito das negociações do Orçamento do Estado para o próximo ano (OE2022) e hoje a porta-voz vai estar reunida com o ministro da Administração Interna e o ministro do Ambiente e Ação Climática, depois dos ministérios da Educação e Cultura.

No caso da cultura, o PAN quer ver inscrito no OE2022, entre outras, a existência de "rubricas dedutíveis no IRS com os apoios à cultura", a inclusão dos trabalhadores do património cultural no estatuto dos trabalhadores da cultura ou o fim dos apoios à tauromaquia.

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