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Bloco: Câmara de Cascais "abandonou qualidade de vida das populações"

O cabeça de lista do Bloco de Esquerda (BE) à Câmara Municipal de Cascais, Luís Salgado, criticou hoje a maioria PSD/CDS que governa o concelho, considerando que "abandonou a qualidade de vida das populações" para "abraçar o betão".

Bloco: Câmara de Cascais "abandonou qualidade de vida das populações"
Notícias ao Minuto

22:19 - 11/05/21 por Lusa

Política Luís Salgado

O cabeça de lista do BE à Câmara de Cascais, Luís Salgado, e à Assembleia Municipal, Alexandre Abreu, foram hoje apresentados num comício que contou com a participação da coordenadora do partido, Catarina Martins.

Na sua intervenção, Luís Salgado começou por considerar que "a vida em Cascais hoje em dia é pior que há 20 anos", tendo elencado as razões.

"Este Cascais do PSD e CDS abandonou o ambiente e a qualidade de vida das populações para abraçar de vez o betão, os interesses obscuros e os vistos 'gold'", criticou.

O candidato salientou que, "fruto de opções políticas erradas, Cascais é hoje um concelho mais desigual" e que o problema deste município do distrito de Lisboa "não é apenas o exagerado crescimento da construção no concelho", mas "também a falta de investimento nas infraestruturas essenciais para melhorar a qualidade de vida das populações".

Na sua ótica, "o problema de Cascais hoje é a falta de investimentos na educação, no bem-estar, no ambiente, na cultura" e "nos últimos anos" houve também um "mau uso do património municipal e mais especulação".

"Em cascais não há uma estratégia de habitação pública municipal, não há uma estratégia de integração ou de criação de bem-estar para as populações, apenas há densificação, o que e traduz pura e simplesmente em mais construção, desde que haja espaço. Havendo um espacinho, constrói-se mais um pouco", lamentou.

O candidato do BE à presidência da Câmara Municipal de Cascais acusou o executivo de navegar "à vista e ao sabor do vento, pois com um orçamento anual de mais de 200 milhões de euros, o investimento na habitação e o desenvolvimento social não chega sequer a oito milhões de euros, menos de 6% do orçamento do município".

E salientou ainda que "não existem creches públicas", a rede social "apenas dá resposta a cerca de 50% das necessidades" e a "rede de apoios aos idosos é toda feita por privados e IPSS, sem que haja uma rede públicas de cuidados continuados".

Quanto às suas propostas, Luís Salgado defendeu a preservação do património arquitetónico, a criação de um parque habitacional público de qualidade e a reformulação dos apoios da reabilitação.

O candidato do BE disse igualmente que vai estar "na linha da frente para defender os animais e o ambiente", aumentando e protegendo áreas verdes, e comprometeu-se a melhorar os serviços públicos e também a reforçar as medidas de apoio às populações mais carenciadas e idosas.

Luís Salgado quer ainda combater todas as formas de discriminação, aumentar os espaços culturais e garantir uma rede de creches públicas no concelho.

No lançamento da candidatura, o cabeça de lista do partido à Assembleia Municipal, Alexandre Abreu, considerou que "é muito o que vai estar em jogo" nas eleições autárquicas de setembro ou setembro.

"Pela primeira vez em muitos anos, há uma possibilidade real de retirarmos a maioria absoluta à coligação PSD/CDS na Câmara Municipal e na Assembleia Municipal", defendeu.

O atual executivo de Cascais, presidido pelo social-democrata Carlos Carreiras, é formado por cinco vereadores (mais o presidente) da coligação Viva Cascais (PSD/CDS-PP), quatro do PS e um da CDU.

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