"Se quiséssemos ficar com as obras, alguém tinha que pagá-las"
O secretário de Estado da Cultura reagiu esta terça-feira ao facto de a Christie's ter cancelado o leilão dos 85 quadros de Miró, justificando que “se quisermos ficar com as obras, alguém tem que pagar isso”. Jorge Barreto Xavier lamentou ainda estarem a ser criadas “dificuldades adicionais”.
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Política Jorge Barreto Xavier
“Se nós quiséssemos ficar as obras, alguém tinha que as pagar”, disse esta terça-feira o secretário de Estado da Cultura. As palavras surgem depois de a leiloeira britânica Christie's ter cancelado a venda dos 85 quadros de Joan Miró, que iriam hoje a leilão a Londres.
A falar aos jornalistas no Palácio da Ajuda, em Lisboa, Jorge Barreto Xavier explicou que “em abstrato, todos ponderamos se há condições para tomar certas decisões. E vimos se havia essa possibilidade”, o que não se verificou.
De acordo com o secretário de Estado, “as prioridades são garantir que museus e teatros estão abertos (…) e que o cinema é apoiado – isso é serviço público”.
Barreto Xavier justificou a ação do Governo pelo facto de não lhes ter sido comunicado “que as obras se encontravam fora do país”, pelo que o Executivo apenas “agiu em conformidade”, optando por “alinear as obras”. “No contexto, não é uma prioridade”, reforçou.
Quanto à decisão da Christie's, o governante responsabilizou o “ruído” criado, lamentando que “perante a dificuldade, [ainda] se criem dificuldades adicionais”.
Questionado sobre se estaria de saída do Governo, solicitação feita pelo Bloco de Esquerda, Barreta Xavier respondeu com outra pergunta: “Acha normal que, por causa de uma questão deste género, eu pondere essa decisão?”.
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