Numa pergunta enviada ao ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, através do parlamento, os deputados do CDS lembram que no final da reunião do Conselho de Ministros de quarta-feira, na qual ficou decidido que as aulas presenciais continuariam apesar do confinamento, o primeiro-ministro anunciou que as escolas vão ter uma "campanha permanente" de testes antigénio para despistar casos de infeção de covid-19.
O CDS quer saber "quando terá início" a referida campanha, "quais as entidades que colaborarão neste processo de testagem massiva", e também "qual o plano e priorização de escolas e ciclos de ensino".
"A testagem implicará autorizações por parte dos encarregados de educação? Se sim, como devem ser recolhidas e por quem?", questionam ainda.
"Um dos fatores que melhor nos tem permitido controlar a gestão da pandemia é termos adotado uma política de testagem massiva: testagem, testagem, testagem. Relativamente às escolas, vamos acompanhar o funcionamento das escolas com uma campanha de testes antigénio de forma a podermos ir detetando casos não detetados de eventuais contaminados", disse o primeiro-ministro na quarta-feira.
Segundo António Costa, o processo de campanha de testagem está neste momento a ser articulado entre o Ministério da Saúde e o Ministério da Educação.
Na pergunta, o CDS recorda que, "em outubro de 2020, a Direção-Geral da Saúde publicou a "Estratégia Nacional de Testagem" e que o Governo, então, anunciou a realização de testes rápidos nas escolas (e outras instituições, como ERPI), o que acabou por não acontecer".
O partido salienta igualmente que alertou para a "importância de estabelecer como condição para a manutenção do funcionamento presencial das escolas, a aplicação de uma campanha massiva de testes" e que apresentou um projeto de resolução sobre esta matéria, tendo sido aprovado em dezembro, mas lamenta que não teve "qualquer aplicação por parte do Governo".
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.031.048 mortos resultantes de mais de 94,9 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 9.028 pessoas dos 556.503 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.