Líder do BE diz quem deve governar é o PS como partido mais votado
O líder do Bloco de Esquerda/Açores, António Lima, que mantém os seus dois deputados no parlamento, defendeu hoje que nos Açores deve governar o PS, porque "tem mais votos", e não uma eventual geringonça à direita.
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Política Açores/Eleições
"Forma governo, à partida, quem tem mais votos e quem ganhou foi o Partido Socialista. O BE/Açores não apresentará nenhuma moção de rejeição ao programa do governo do PS nem apoiará qualquer moção da direita ao governo do PS", declarou o dirigente do BE/Açores na reação aos resultados eleitorais das legislativas regionais de domingo, num hotel de Ponta Delgada.
António Lima afirmou que a sua força política conseguiu o seu "melhor resultado de sempre", referindo que obteve mais 500 votos do que em 2016, o que "garante a manutenção do grupo parlamentar, reforçando a sua capacidade de trabalho", não "contribuindo para o crescimento da extrema-direita".
O coordenador do BE/Açores, que foi eleito pelo círculo eleitoral de São Miguel, referiu que no parlamento "trabalhará orçamento a orçamento, proposta a proposta, cumprindo aquilo que é o seu programa eleitoral".
Para o dirigente do Bloco, o PS "tem é que refletir perante este resultado se quer continuar o caminho que estava a fazer ou se quer fazer uma mudança que permita melhorar a vida dos açorianos".
O PS perdeu a maioria absoluta nas eleições regionais dos Açores, só tendo conseguido eleger 25 deputados do total de 57 parlamentares da Assembleia Legislativa Regional.
O PS governa a região desde 1996, mas apenas nas eleições realizadas em 2000 obteve maioria absoluta, renovada nos escrutínios de 2004, 2008, 2012 e ainda em 2016, ano em que obteve 30 mandatos.
Para alcançar a maioria absoluta o PS teria de ter pelo menos 29 dos 57 deputados do parlamento açoriano.
De acordo com os resultados provisórios divulgados pela Direção Regional de Organização e Administração Pública (DROAP), o PS ganhou as legislativas regionais de domingo, ao alcançar 39,13% (40.701 votos).
O PSD, com 33,74% (35.091 votos), garantiu 21 mandatos, seguido pelo CDS-PP com 5,51% (5.734 votos), que elegeu três deputados, além de um parlamentar em coligação com PPM (com 115) votos.
O Chega, que concorreu pela primeira vez às regionais dos Açores, teve 5,06% (5.260 votos), elegeu dois deputados, tal como o BE, que alcançou 3,81% (3.962 votos).
O PPM obteve 2,34% (2.431 votos) e elegeu um deputado, além de um outro eleito em coligação com o CDS-PP.
A Iniciativa Liberal, que também concorreu pela primeira vez à Assembleia Legislativa dos Açores, conseguiu 1,93% (2.012 votos) e elegeu um deputado, assim como o PAN que teve percentagem idêntica e apenas menos oito votos.
A coligação PCP/PEV, que tinha eleito um deputado há quatro anos não conquistou nenhum mandato, tendo obtido 1,68% (1.745 votos).
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