Bielorrússia: IL condena regime opressivo e pede eleições livres

A Iniciativa Liberal apresentou um voto de condenação pela "violação flagrante dos mais básicos princípios democráticos e desrespeito pela livre determinação" da população na Bielorrússia, defendendo que o parlamento português apele "à realização de eleições livres naquele país".

João Cotrim Figueiredo, Iniciativa Liberal

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Lusa
05/09/2020 15:28 ‧ 05/09/2020 por Lusa

Política

Iniciativa Liberal

Num texto a que a agência Lusa teve acesso, o partido representado no Parlamento pelo deputado único, João Cotrim Figueiredo, refere que as eleições na Bielorrússia em 09 de agosto "ficaram manchadas por mais uma manobra antidemocrática do Presidente do país, Aleksander Lukashenko".

"Aquilo a que temos assistido, ao longo das últimas semanas, na Bielorrússia, representa um inadmissível atropelo ao alicerce de qualquer sociedade democrática: a liberdade política, assente em eleições em que a população exprima livremente a sua vontade em sufrágio direto e universal", condena.

Assim, os liberais propõem que o parlamento português condene "o atual regime bielorrusso, autocrático e opressivo", demonstre "preocupação pela situação de violência vivida na Bielorrússia" e apele "à realização de eleições livres naquele país".

Em causa, segundo a Iniciativa Liberal, estão eleições "em que o autocrata bielorrusso teve forte oposição", mas "os resultados oficiais anunciaram a sua reeleição com uns implausíveis 80,22% dos votos", o que resultou numa "revolta de grande parte da população bielorrussa".

"O Partido Democrático prontamente impugnou os resultados e expôs a fraude eleitoral levada a cabo pelo atual presidente. Como é próprio deste tipo de regimes, em que separação de poderes não existe, a líder da oposição viu-se obrigada a fugir do país no dia seguinte às eleições perante as ameaças a que foi sujeita", critica.

Segundo o partido liderado por João Cotrim Figueiredo, a atuação de Lukashenko assenta na força e na intimidação, contando com o apoio das forças militares.

"A União Europeia apelou à contagem 'precisa' dos votos nas eleições bielorrussas e, condenando a 'violência estatal desproporcional e inaceitável', exigiu a libertação imediata dos manifestantes detidos", refere ainda.

Os protestos têm sido reprimidos pelas forças de segurança, com milhares de pessoas detidas e centenas de feridos.

Mais de 100 mil pessoas participaram no domingo, em Minsk, na terceira marcha pacífica contra Lukashenko, que propôs mudar a Constituição, mas nega-se a dialogar com o Conselho Coordenador da oposição para uma transferência de poder.

Lukashenko, de 66 anos, dos quais 26 no poder na Bielorrússia, enfrenta um movimento de contestação inédito.

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