O presidente do CDS recorreu, esta segunda-feira, ao Facebook, e deixou uma mensagem onde começa por recordar um encontro que manteve, no início de junho, no Fundão, com os agricultores "atingidos pelas intempéries e que viram as suas colheitas destruídas".
Francisco Rodrigues dos Santos lembrou que o partido, na altura, alertou o Governo para "apoios consequentes, como linhas de crédito com garantias do Estado e com juros bonificados e período de carência que atenuem os prejuízos avultados".
Outra das propostas, retomou o líder centrista, foi no sentido de inserir "melhorias nos sistemas de seguros de colheitas ao nível da atualização das tabelas de produtividade e de preços, que possam embaratecer, simplificar e aumentar os seus níveis de adesão".
Contudo, "dois meses se passaram e estes agricultores continuam abandonados pelo Governo e Ministério da Agricultura, e cada vez mais desesperados", destacou.
Partindo deste 'exemplo', Francisco Rodrigues dos Santos considerou que "há todo um país que não se encaixa no circo histérico de manifestações abstrusas que polarizam a sociedade, mas esse país mais numeroso e silencioso é feito de portugueses honestos, trabalhadores e patriotas que merecem mais respeito mediático e político".
De recordar que o líder do CDS afirmou, este domingo, que Portugal "não é um país racista", mas considera "evidente que existem isoladamente crimes de racismo" no país. A declaração foi feita no dia em que centenas de pessoas participaram em Lisboa numa manifestação promovida pelo Chega para dizer que "em Portugal não há racismo estrutural", como afirmou o presidente demissionário, André Ventura, em declarações aos jornalistas.
Na sexta-feira, centenas de pessoas juntaram-se a uma concentração contra o racismo e antifascista em Lisboa, promovida por várias organizações na sequência da morte do ator Bruno Candé Marques. Já no sábado, foi a vez do Porto acolher uma homenagem, que juntou cerca de 200 pessoas em homenagem ao ator, baleado há uma semana na via pública em Moscavide.