Estado de emergência. "Vale a pena? Já chegámos a esse ponto?"
Miguel Sousa Tavares falou acerca do estado de emergência que poderá ser decretado esta quarta-feira e mostrou-se contra.
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Política Miguel Sousa Tavares
Miguel Sousa Tavares falou acerca da possível entrada em vigor do estado de emergência em Portugal no seu habitual comentário na TVI24. "Parece-me evidente que há uma vontade geral, ao nível pelo menos da Assembleia da República e do Presidente da República de declarar o estado de emergência. Se assim é, até pergunto para que é preciso esperar pelo fim da quarentena de Marcelo Rebelo de Sousa. Não era preciso", começou por referir.
Para o comentador, se o chefe de Estado "sente que havia tanta urgência em declarar o estado de emergência tinha-o declarado já antes".
E "resta saber em que termos" é decretado. "A lei fala em proporcionalidade e nas medidas estritamente necessárias ao objetivo em vista. Neste momento, não vejo nenhum que possa ser muito diferente daquele que está a acontecer que é evitar os contágios e tentar que as pessoas estejam em casa. Elas já estão", sublinhou Miguel Sousa Tavares
Frisando que sabe existir "uma grande pressão a nível da opinião pública, redes sociais" para ativar o estado de emergência, "é preciso pensar atentamente o que é que isto significa".
O "corte do direito de circulação das pessoas de um lado para o outro do país ou mesmo dentro da própria cidade, isto paralisa a vida das pessoas. Uma coisa é a pessoa estar predominantemente em casa e poder sair de vez em quando. Outra coisa é não poder sair nunca. E vale a pena? Já chegámos a esse ponto? É necessário?", questionou.
Fecho de fronteiras
"Comecei a defender isso logo sábado de manhã, depois aqui [na TVI] sábado à noite, passaram 60 horas. Era para ser hoje [ontem] de manhã depois passou para a tarde e, afinal, vai ser às 23 horas", defendeu o ex-jornalista.
“Perdemos dias e horas preciosas. Entretanto, parecia que se estava a fazer cerimónia", acrescentou, lembrando a situação dos passageiros do navio que foram impedidos de atracar em Lisboa e acabaram por o fazer em Cádiz, voltando à capital portuguesa de autocarro.
Sousa Tavares comentou também que, por um lado, "as autoridades gabam a disciplina dos portugueses" mas aquilo que está "nas mãos das autoridades", como o controlo das fronteiras terrestres, é "feito com moleza".
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