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Estado de emergência. "Vale a pena? Já chegámos a esse ponto?"

Miguel Sousa Tavares falou acerca do estado de emergência que poderá ser decretado esta quarta-feira e mostrou-se contra.

Estado de emergência. "Vale a pena? Já chegámos a esse ponto?"
Notícias ao Minuto

10:58 - 17/03/20 por Notícias Ao Minuto

Política Miguel Sousa Tavares

Miguel Sousa Tavares falou acerca da possível entrada em vigor do estado de emergência em Portugal no seu habitual comentário na TVI24. "Parece-me evidente que há uma vontade geral, ao nível pelo menos da Assembleia da República e do Presidente da República de declarar o estado de emergência. Se assim é, até pergunto para que é preciso esperar pelo fim da quarentena de Marcelo Rebelo de Sousa. Não era preciso", começou por referir. 

Para o comentador, se o chefe de Estado "sente que havia tanta urgência em declarar o estado de emergência tinha-o declarado já antes". 

E "resta saber em que termos" é decretado. "A lei fala em proporcionalidade e nas medidas estritamente necessárias ao objetivo em vista. Neste momento, não vejo nenhum que possa ser muito diferente daquele que está a acontecer que é evitar os contágios e tentar que as pessoas estejam em casa. Elas já estão", sublinhou Miguel Sousa Tavares

Frisando que sabe existir "uma grande pressão a nível da opinião pública, redes sociais" para ativar o estado de emergência, "é preciso pensar atentamente o que é que isto significa"

O "corte do direito de circulação das pessoas de um lado para o outro do país ou mesmo dentro da própria cidade, isto paralisa a vida das pessoas. Uma coisa é a pessoa estar predominantemente em casa e poder sair de vez em quando. Outra coisa é não poder sair nunca. E vale a pena? Já chegámos a esse ponto? É necessário?", questionou. 

Fecho de fronteiras

"Comecei a defender isso logo sábado de manhã, depois aqui [na TVI] sábado à noite, passaram 60 horas. Era para ser hoje [ontem] de manhã depois passou para a tarde e, afinal, vai ser às 23 horas", defendeu o ex-jornalista. 

“Perdemos dias e horas preciosas. Entretanto, parecia que se estava a fazer cerimónia", acrescentou, lembrando a situação dos passageiros do navio que foram impedidos de atracar em Lisboa e acabaram por o fazer em Cádiz, voltando à capital portuguesa de autocarro.

Sousa Tavares comentou também que, por um lado, "as autoridades gabam a disciplina dos portugueses" mas aquilo que está "nas mãos das autoridades", como o controlo das fronteiras terrestres, é "feito com moleza".

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