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Pedro Baptista: Parlamento aprova voto de pesar por unanimidade

A Assembleia da República aprovou hoje, por unanimidade, um voto de pesar apresentado pelo PS pela morte do antigo deputado Pedro Baptista, que morreu no Porto em 20 de fevereiro aos 71 anos.

Pedro Baptista: Parlamento aprova voto de pesar por unanimidade
Notícias ao Minuto

13:10 - 28/02/20 por Lusa

Política Óbito

O voto dos socialistas recorda-o como o representante "de uma geração que nas artes e nas letras, na agitação estudantil e nos movimentos populares, operou a rutura mais radical com a cultura dominante de resignação e subserviência que perdurou até ao fim da ditadura".

"Uma vida intensa de combate pela liberdade, contra o fascismo e contra a guerra colonial", destaca o voto, que recorda a sua prisão e tortura pela PIDE em 1973, sendo mais tarde deportado para Angola e regressou

Era atualmente deputado da Assembleia Municipal da Câmara do Porto, eleito pelo movimento independente do presidente Rui Moreira.

Pedro Rocha Baptista nasceu em Nevogilde, no Porto, em 1948. Licenciado e doutorado em Filosofia pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto, publicou vários ensaios, romances e comunicações no campo da filosofia.

A morte de Pedro Rocha Baptista foi revelada horas depois de ter publicado na sua página na rede social Facebook um "é hoje! Até já!", referindo-se à visita que se preparava para acompanhar à exposição "1820. Revolução Liberal do Porto", da autoria de José Manuel Lopes Cordeiro e que davam início às comemorações da revolução, das quais era Comissário Geral.

Foi dirigente estudantil no Porto entre 1968 e 1971, cofundador do jornal "Grito do Povo" de oposição ao Estado Novo, preso político em 1973 e deportado para Angola, regressando a 01 de maio de 1974.

Foi deputado à Assembleia da República, eleito pelo Porto, entre 1995 e 1999, pelo PS. Foi candidato do Partido Democrático do Atlântico (PDA), em 2011, pelo círculo do Porto.

"Da Foz Velha a 'O Grito do Povo'" foi em 2014 o título do primeiro livro de memórias de Pedro Baptista, que se dizia antifascista, comunista, marxista, leninista, coletivista, maoista e que, um dia, enquanto dirigente estudantil, encetou em 1968 uma luta contra o regime ditatorial a partir do Porto.

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