IVA da eletricidade. Deputado do PS acusa Rio de "chico-espertice"
Porfírio Silva defende que a visão que o líder do PSD defende para o país é de "muito curto prazo" e acusa-o de "chico-espertice".

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Política Porfírio Silva
A mexida do IVA na eletricidade representa o maior ponto de tensão entre os partidos e o PS neste Orçamento do Estado. O Governo defende tratar-se de uma medida "ambientalmente irresponsável" e "socialmente injusta". Mas a medida pode mesmo ser aprovada esta quarta-feira, já que conta com o apoio do Bloco de Esquerda, do PCP e do PSD. O primeiro-ministro, optimista que é, disse hoje esperar que prevaleça o bom senso no Parlamento, não querendo, no entanto, "antecipar-se ao resultado".
Mas, no Facebook, o deputado Porfírio Silva já comentou aquilo que considera ser a "chico-espertice de Rio".
"A mexida no IVA da electricidade, em vez de entrar em vigor em Julho, entra em vigor em Outubro. Assim, já fica 'mais baratinha' e já cabe no Orçamento. Então e em 2021? E em 2022? E nos anos seguintes?", questionou.
"A visão de Rui Rio para o país é de muito curto prazo. Um mau contabilista não serve para um país que precisa de avançar com passos seguros", concluiu.
Numa outra publicação, o socialista escreveu: "Rui Rio julga que fazer oposição é montar cenas parlamentares. Crê que o Parlamento é um teatro. Só isso justifica a sucessão de irresponsabilidades a que tem dado corda no debate na especialidade do Orçamento de Estado".
E acrescentou: "Como já mostrou antes, não tem pachorra para fazer as contas e dá uns números hoje e outros amanhã", rematando ainda que "o que falta a Rui Rio é entender que ser o maior partido da oposição exige tanta responsabilidade como ser Governo".
As votações de todos os artigos relativos ao IVA, incluindo os que preveem a redução da taxa deste imposto para a eletricidade, foram hoje adiadas para o final dos trabalhos, a pedido do PS.
Entre os artigos que serão votados ao final do dia de hoje ou já na madrugada de quinta-feira, estão as propostas do PSD, BE e PCP de redução da taxa do IVA da luz, tendo os sociais-democratas apresentado ao final da manhã uma alteração da sua proposta inicial.
Também para o fim das votações ficaram as propostas sobre o IVA das touradas, que pedem que estes espetáculos voltem a pagar 6%, ao contrário do que está previsto no documento, que passou as touradas para a taxa máxima de 23%.
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